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Romário vai à Fifa para fazer reivindicações

2014
Deputado organizará reunião entre governo e cartolas sobre Copa

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O deputado federal Romário (PSB-RJ) foi até a Suíça negociar com o presidente da Fifa, Joseph Blatter.

Do cartola, ouviu um pedido para agilizar a votação da Lei Geral da Copa na Câmara dos Deputados. Aceitou e prometeu trabalhar nisso.

Em troca, apresentou uma série de reivindicações. A principal delas, feita com mais veemência, foi para que a entidade doasse mil ingressos por jogo para idosos.

Pediu que não seja instalado no Brasil o "tribunal de exceção da Fifa", uma câmara de Justiça para julgar questões comerciais e criminais envolvendo o Mundial.

O deputado também repetiu ser contra a multa estipulada pela Fifa para quem comprar ingresso para a Copa e não comparecer ao jogo.

O quarto ponto em que Romário insistiu foi contra a criação de um "perímetro comercial" em torno dos estádios que receberão jogos, para proteger patrocinadores da Fifa e da Copa do Mundo.

Os pontos estavam previstos no "Acordo para Sediar" assinado por Brasil e Fifa.

Nenhuma das demandas apresentadas pelo deputado federal foram acolhidas ou rejeitadas prontamente na reunião de anteontem, que durou cerca de três horas, na sede da Fifa, em Zurique.

Além de Romário e Blatter, participaram do encontro o secretário-geral da entidade, o francês Jérôme Valcke, e o diretor de comunicação, o italiano Walter de Gregorio.

A reunião transcorreu em francês, e a tradutora foi Isabelle Bittencourt, mulher do ex-jogador, que cresceu na Suíça, onde tem família.

O encontro se deu após um convite de Blatter a Romário, feito em novembro. Em troca de ouvir e analisar as propostas de Romário, os dirigentes da Fifa pediram que ele organize uma reunião a ser realizada em fevereiro.

Deste novo encontro deverão participar os ministros de Justiça, Esporte, Fazenda, Casa Civil e representantes da Câmara e do Senado.

Um integrante do COL (Comitê Organizador Local da Copa) também será convidado -provavelmente Ronaldo, ou o novo nome do comitê, a ser anunciado em breve.

Nesse encontro, Valcke deve expor quais os pedidos dos políticos brasileiros poderão ser atendidos pela entidade.

A ideia é preparar o terreno para a visita de Blatter ao Brasil, marcada para março, quando se reunirá com a presidente Dilma Rousseff.

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