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Papéis da ISL vão demorar a aparecer
FIFA DE SÃO PAULO Vai levar mais tempo do que se previa para a Fifa tornar públicos os documentos do caso ISL, maior escândalo de corrupção da história da entidade, fundada em 1904. Em 27 de dezembro do ano passado, o tribunal de Zug, na Suíça, deu à Fifa o prazo de 30 dias para divulgar os papéis da ISL, ex-agência de marketing da entidade, falida em 2001 em meio a denúncias de fraude e corrupção. Em nota enviada à Folha, a Fifa informou ainda não ter uma data prevista para publicar os documentos. "A Fifa está determinada a fazê-lo assim que for legalmente possível", diz a entidade. "As partes envolvidas têm até o dia 2 de fevereiro de 2012 para recorrer, e não sabemos se alguém já apelou ou vai apelar", continua o texto. Se isso ocorrer, o caso vai parar na Corte Federal da Suíça, e não há previsão de quanto tempo levaria para haver um novo julgamento. A Fifa insistiu que pretende cumprir a ordem judicial. Após a falência da ISL, investigações na Suíça encontraram documentos que indicavam pagamento de propinas a dirigentes, em troca de contratos vantajosos. Para manter o caso em sigilo, cartolas devolveram US$ 6 milhões à massa falida da ISL, e a Justiça da Suíça encerrou o processo. Após mudança na legislação do país, vários jornalistas europeus pediram acesso ao processo, o que resultou na decisão da corte de Zug. Segundo o jornalista britânico Andrew Jennings, Ricardo Teixeira (presidente da CBF e do COL) e João Havelange (ex-presidente da Fifa) teriam recebido propina da ISL. Eles negam. Os dois estão em guerra com o mandatário da Fifa, Joseph Blatter, cuja gestão sofre acusações de corrupção. Ao "Le Monde" Pelé declarou que é preciso "limpar a Fifa de cima a baixo". Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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