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No grito

Azarenka e Sharapova, que urram a cada rebatida, decidem o Aberto da Austrália e quem será a nº 1

John Donegan/Associated Press
Sharapova vibra após ganhar ponto contra a tcheca Petra Kvitova
Sharapova vibra após ganhar ponto contra a tcheca Petra Kvitova

DE SÃO PAULO

O título feminino do Aberto da Austrália vai ser definido no grito. Literalmente.

As finalistas do primeiro Grand Slam da temporada, a bielorrussa Victoria Azarenka (terceira do mundo) e a russa Maria Sharapova (quarta), são tenistas barulhentas.

Para elas, que além do título decidem quem vai assumir o topo do ranking, o urro a cada rebatida faz parte do jogo tanto como o saque ou qualquer outro golpe.

A questão é antiga, mas sempre gera polêmica, ainda mais quando alguma rival decide reclamar dos gritos.

Em Melbourne, as críticas vieram da polonesa Agnieszka Radwanska, eliminada por Azarenka nas quartas.

Questionada sobre o barulho de sua algoz, a tenista polonesa disse que já estava acostumada, "especialmente com Vika". "Nos conhecemos há muitos anos."

E, mesmo sem um questionamento adicional, a polonesa fez o complemento. "Sobre Maria [Sharapova], o que eu posso dizer? É claro que é muito irritante e muito alto."

Em 2006, em Wimbledon, um jornal britânico acompanhou um jogo da russa, e seus gritos alcançaram 102,7 decibéis, o que se compara ao barulho de uma britadeira.

Sharapova, que ontem venceu a semifinal contra a tcheca Petra Kvitova por 6/2, 3/6 e 6/4, foi questionada sobre isso durante o torneio.

"Jogo assim durante toda a minha carreira", disse a russa, demonstrando irritação. "Já respondi sobre o assunto muitas vezes e sei que ainda vou responder muitas outras, mas estou confortável."

Azarenka demonstrou mais jogo de cintura. Também disse que já havia falado sobre os gritos por muitas oportunidades e apenas repetiria o que havia dito.

"É o jeito que eu me acostumei a jogar desde criança. É parte do meu jogo."

Ela conta que, quando criança, era realmente muito fraca, e os gritos a ajudavam a colocar um pouco mais de força em seus golpes.

A bielorrussa chega à sua primeira decisão de Grand Slam depois de eliminar a atual campeã do torneio, a belga Kim Clijsters, na semifinal, por 6/4, 1/6 e 6/3.

Aos 22 anos, Azarenka enfrenta amanhã, às 6h30 (de Brasília), uma adversária apenas dois anos mais velha, mas muito mais experiente.

Sharapova disputa sua quinta final em um grande torneio e busca seu quarto título. Ex-número um, a russa deixou claro que voltar ao topo é algo secundário para ela. "Vencer um Grand Slam sempre será um objetivo."

NA TV
Aberto da Austrália
6h30 de amanhã ESPN

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