Lucas salva o desfalcado São Paulo

	Paulo Pinto/Folhapress
	Lucas comemora seu gol no Morumbi

São Paulo 2.
Luis Fabiano, aos 16min do 1º tempo; Lucas, aos 33min do 2º tempo

São Caetano 1
Moradei, aos 18min do 1º tempo

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O São Paulo perdeu seus dois ídolos por contusão: Rogério, na quinta-feira, e Luis Fabiano, ontem. Foi preciso então que o jovem Lucas assumisse, de novo, o papel de protagonista da equipe.

O time contou com o meia-atacante para obter a terceira vitória (2 a 1) no ano, ante o São Caetano, no Morumbi. O time é líder do Paulista.

Serão agora os jovens que terão a missão de conduzir a equipe. Do time que acabou o jogo, os dois mais velhos eram Maicon e Fernandinho, com 26 anos. Afinal, Luis Fabiano e Rogério eram os únicos titulares acima dos 30 anos no atual São Paulo.

Foi com a juventude e a velocidade que a equipe são-paulina criava chances de gol no início da partida. Mas era o veterano Luis Fabiano a principal referência do time.

A primeira conclusão perigosa foi dele. Ao receber a bola de Piris, girou sobre o zagueiro e chutou na trave.

Logo depois, o jogador desencantou na temporada. Aos 16min, Fernandinho e Luis Fabiano tabelaram, e a bola sobrou para o centroavante fazer seu primeiro gol no ano.

Foram então a juventude e a falta de experiência que causaram erros de posicionamento na defesa que proporcionaram seguidas chances ao São Caetano. Nesses buracos, aos 18min, Moradei recebeu livre, driblou o goleiro Denis e empatou a partida.

O São Paulo perdeu Luis Fabiano em seguida, por contusão muscular. Seu substituto foi Willian e seus 20 anos. A tarja de capitão ficou com Denis, 24, que diz estar aprendendo a ser líder.

Foi também a juventude que gerou um certo nervosismo no time no segundo tempo, a ponto de arranjarem briga com os rivais por lance normal de choque entre Casemiro e Geovane.

Essa ansiedade também impedia os são-paulinos de acertar o pé. Erravam tanto para armar perto da área quanto para concluir a gol.

Uma vantagem foi a mudança tática que tornou Lucas mais ofensivo. "Não é sempre que consigo acompanhar o lateral e atacar. No segundo tempo, ajustou. Fiquei marcando o volante e deu para atacar mais", afirmou.

Na "nova posição", dominou fora da área e chutou com efeito. A bola enganou o goleiro e entrou aos 33min.

"Quando o jogo está difícil, a gente quer marcar um gol, [dar] um passe. Ainda bem que consegui hoje."

Ao final, a torcida cantava para o jogador: "Olê, olê, olá, Lucas, Lucas." Era a passagem de bastão no São Paulo, pelo menos por enquanto.