Tabu

	Cesar Greco/Fotoarena/Folhapress

Neymar, 20, já conquistou o Estado, o país, o continente, o mundo. Só não consegue ganhar do Palmeiras.

O mais badalado jogador do Brasil, que hoje completa 20 anos, só conseguiu vencer o rival em 2009, quando ainda era uma promessa e nem mesmo tinha garantido um lugar de titular absoluto.

Será no calor de Presidente Prudente (SP), hoje à tarde, pela quinta rodada do Paulista, que ele terá sua sétima oportunidade de derrotar o time que se tornou a asa negra desta geração santista.

É o ingrediente principal de um clássico pouco comentado, agendado para a precoce quinta rodada do Estadual que ainda tenta embalar.

Para o Santos, é menos do que isso: será apenas a segunda partida em que Muricy Ramalho terá seus principais jogadores, que tiveram férias prolongadas por conta da disputa do Mundial de Clubes, no fim do ano passado.

A primeira experiência foi ruim. Contra o Oeste, um dos piores time do torneio, a equipe não passou de um empate em 1 a 1, com futebol burocrático e poucos lampejos da dupla Neymar e Ganso.

"Clássico é definido em detalhes. Temos um grupo forte e vamos buscar um bom resultado", disse o meia Ibson, cotado para tomar a vaga de Elano, em atrito com Muricy.

Caberá ao Palmeiras seu mais exigente teste desta temporada, que começou morosa. Luiz Felipe Scolari quebra a cabeça para fazer o time andar, enquanto ainda espera que seus reforços possam, finalmente, estrear.

"Não é apenas o Neymar, o Ganso, mas todo o elenco. O grupo inteiro do Santos é qualificado, e teremos que entrar com a atenção redobrada", disse o zagueiro Henrique, volta e meia questionado sobre como parar Neymar.

No entanto, desde 2009, é o Santos que precisa suar para conseguir barrar o Palmeiras. E só o fez uma vez.

Naquele ano, a então promessa Neymar ajudou a eliminar o Palmeiras nas semifinais do Paulista com um duplo 2 a 1. Desde então, consolidado como ídolo, ele enfrentou o rival seis vezes. Perdeu quatro e empatou duas.

Neste período, Neymar venceu dois Estaduais, uma Copa do Brasil e uma Libertadores. Foi eleito autor do gol mais belo de 2011. Eliminou o São Paulo do Paulista duas vezes, bateu o Corinthians em final de campeonato e assumiu definitivamente seu lugar na seleção.

E esteve fora da única vitória santista (1 a 0) sobre o Palmeiras no período, pelo Brasileiro-2011, em que Borges fez o gol na Vila Belmiro.