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Teste de fidelidade

Palmeiras pega Ituano hoje com sétima equipe diferente em 7 jogos no rodízio promovido por Scolari para testar atletas

LUCAS REIS
DE SÃO PAULO

O Palmeiras entrará em campo hoje, contra o Ituano, no Pacaembu, pela sétima vez no Campeonato Paulista e terá, provavelmente, sua sétima formação diferente.

Culpa, principalmente, das enigmáticas estratégias do técnico Luiz Felipe Scolari, que tem evitado a imprensa: ainda não concedeu entrevista coletiva antes dos jogos.

Neste Estadual, Scolari já utilizou 23 jogadores em seis partidas. Lesão, mesmo, apenas a do meia Valdivia. O time teve só um atleta suspenso: o goleiro Deola, que ficou de fora da estreia da equipe.

Scolari tem surpreendido pela falta de continuidade do time. Jogadores que são titulares em uma partida são deixados fora até do banco no jogo seguinte, como já ocorreu com Tinga e Juninho.

Hoje, em busca da liderança -ficará de olho no clássico entre Corinthians e São Paulo e no jogo do Paulista, contra o Guarani, ambos amanhã-, Scolari deixou Luan novamente de fora. Barcos, que estreou na quarta, deve ser o titular ao lado de Maikon Leite. O ataque é o setor onde ele mais mexe.

Após a vitória sobre o XV de Piracicaba no meio de semana, o técnico foi questionado pelas várias mudanças.

"Vocês [jornalistas] querem que eu ponha mais um meia, mais dois atacantes, pra vocês ficarem contentes. Mas como eu não tenho que preencher esse lado de vocês, coloco volante, zagueiro, três goleiros, ganhamos o jogo e acabou", respondeu Scolari.

Também deu de ombros para críticas da torcida.

"O Deola jogou 60 partidas muito bem, e uma não muito bem. Portanto, querem xingar, xinguem. Não vão mudar nada. Se eu tinha a intenção de mudar [para o próximo jogo], como já mudei, já não vou mais mudar. Acabou o assunto", disse, respondendo sobre queixas da torcida sobre a má atuação de Deola.

Segundo apurou a Folha, o rodízio de Scolari tem dois objetivos maiores. O primeiro é testar o elenco: tirando jogadores repentinamente, ele observa a reação dos atletas e o comportamento do grupo nos dias subsequentes. É o seu princípio básico da já famosa "família Scolari".

A outra razão é mais simples. Testar os jogadores e formar não apenas um, mas dois times competitivos. O comandante tem batido na tecla da importância de ter um elenco com alternativas.

"O Felipão ainda tem a mentalidade da Europa. Quando joguei lá era normal um time começar um jogo e no outro nem convocado tu era", afirmou Daniel Carvalho, que tem substituído, e bem, Valdivia. "É o espírito dele, dar oportunidades a todos e manter o nível. Sabemos que temos um grupo, e não 11 jogadores titulares."

No jogo de hoje, ele surpreendeu não apenas por barrar Luan. Levará ao Pacaembu apenas três volantes: os titulares Márcio Araújo e Marcos Assunção e o provável reserva João Vitor, que foi titular contra o Santos. No clássico, aliás, o Palmeiras começou o jogo com três volantes.

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