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Cartola dispensa funcionários e vende imóvel

DO RIO

Há quatro meses, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, vem vendendo alguns de seus bens. O dirigente fechou as operações da Fazenda Santa Rosa, em Piraí (RJ).

Em dezembro, o também presidente do comitê que organiza a Copa-14 dispensou dezenas de funcionários, vendeu centenas de cabeças de gado e encerrou as atividades da fábrica de laticínios Linda Linda. As máquinas estão sendo vendidas.

O local serve como uma espécie de retiro para Teixeira. A fazenda fica numa área remota de Piraí, município situado no sul fluminense. Uma estrada de terra precária de cerca de 14 km liga a cidade à fazenda. Teixeira costuma ir de helicóptero para a região.

O dirigente também vendeu um de seus apartamentos no Rio no ano passado.

De acordo com documento do 9º Ofício de Registro de Imóveis do Rio, o imóvel em Jacarepaguá, zona oeste da cidade, no nome de Teixeira e de sua mulher, foi vendido por R$ 225 mil.

O cartola vem tentando sair da mira dos holofotes.

Na teoria, o dirigente dividiu o poder absoluto que tinha após a série de ameaças feitas por Joseph Blatter, presidente da Fifa.

Desde dezembro, ele decidiu mudar a estrutura da CBF e do COL. Teixeira colocou Ronaldo no comitê e o corintiano Andres Sanchez como diretor de seleções da confederação.

Mas ele permanece centralizando as decisões na organização do Mundial.

Também pressionado por denúncias, Blatter reabriu na Fifa o caso da ISL, ex-parceira da entidade, e pretende anunciar o resultado das apurações em breve.

O caso foi o maior escândalo de corrupção da história da Fifa. O processo, encerrado em 2010 sob sigilo na Justiça suíça, concluiu que foram pagos US$ 100 milhões (R$ 186 milhões) em propina a dirigentes da entidade nos anos 1990.

Os nomes dos acusados nunca foram divulgados. Para a rede britânica BBC, Teixeira é um deles. Ele nega. O dirigente também está na lista de desafetos de Blatter por quase tê-lo traído na eleição da Fifa.

No mês passado, o cartola não apareceu nos eventos públicos da visita de quatro dias da comitiva da Fifa pelo Brasil comandada pelo secretário-geral Jérôme Valcke. Mas pautou reuniões.

Há duas semanas, ele demitiu o secretário-geral da CBF, Marco Antônio Teixeira, que é seu tio. (SR)

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