Filho de cartola se torna diretor da nova empresa

Pela constituição de sua nova empresa, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, abre a possibilidade para que seu filho administre seus negócios quando ele estiver no exterior.

O cartola tem imóvel em Miami (EUA), onde costuma ficar quando quer se isolar do Brasil. Caso decida por deixar a confederação, esse é um possível destino dele.

Pelo estatuto da RLJ Participações SA, o administrador é o presidente da CBF. Seu filho Roberto Teixeira Havelange é diretor "sem designação específica".

É o único com cargo além do presidente da CBF. Pelas regras, um diretor pode ser nomeado para substituí-lo em "suas funções, e terá todos os poderes, deveres e direitos do substituído".

Com as mudanças feitas por Teixeira, a RLJ passa a ter um capital total de R$ 7,3 milhões, mais que o dobro do que no final de 2010.

Entre outros negócios, a empresa é dona da Fazenda Santa Rosa, envolvida no escândalo do amistoso da seleção no DF. E também teve a propriedade da casa onde Teixeira mora, na Barra da Tijuca, zona oeste do Rio.

A RLJ ainda faz operações financeiras. Na década de 90, segundo a CPI do Futebol, a empresa recebeu US$ 600 mil da Sanud Etablissement, sem dono conhecido.

É o período em que Teixeira foi acusado de receber dinheiro da ISL por meio da Sanud, empresa que, no papel, ainda é sua sócia. (RM)