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Cai chefe de segurança dos Jogos

2016
Luiz Fernando Corrêa é alvo de investigação por superfaturamento

DE BRASÍLIA

O delegado Luiz Fernando Corrêa deixou a diretoria de segurança do comitê da Rio-2016, órgão responsável pela organização dos Jogos Olímpicos no Brasil.

Corrêa é ex-chefe da Polícia Federal e alvo de um pedido de abertura de ação de improbidade, por parte do Ministério Público, ainda sem decisão na Justiça.

A diretoria do comitê organizador propôs que ele se afastasse temporariamente até que o caso se resolvesse na Justiça. Corrêa, entretanto, preferiu sair de vez.

Em nota, o comitê disse que Corrêa está "confiante numa decisão a seu favor e pretende buscar na Justiça a reparação de danos".

O delegado, contudo, disse que o caso "pode causar desconforto na rotina de suas atribuições na Diretoria de Segurança, em razão do que deixará o Rio-2016".

Corrêa, o delegado Odécio Rodrigues Carneiro e mais três empresas são alvos de pedido de ação de improbidade administrativa que apura a contratação, sem licitação, do consórcio Integração Pan.

Carneiro, que no dia 11 de janeiro pediu demissão do cargo de diretor de logística da Secretaria de Segurança para Grandes Eventos do Ministério da Justiça, foi coordenador-geral de tecnologia e informação da PF durante os Jogos Pan-Americanos.

Formado por 11 empresas, o consórcio foi criado para fornecer equipamentos de tecnologia à área de segurança do evento carioca.

O Ministério da Justiça pagou ao consórcio R$ 170 milhões pelos equipamentos e abriu sindicância interna para apurar irregularidades nos contratos geridos pelos dois.

Deste total, peritos do Instituto Nacional de Criminalística da Polícia Federal conseguiram rastrear compras no valor de R$ 40 milhões. Descobriram que foram adquiridos equipamentos por 78% acima do valor do mercado.

Os produtos poderiam ter sido comprados por R$ 22 milhões. Os peritos da PF não conseguiram analisar os R$ 130 milhões restantes.

Muitos equipamentos utilizados em tecnologia de informação do Pan foram importados, e os preços variaram. Quando há dispensa de licitação, o governo precisa fazer uma pesquisa para saber se o preço não é abusivo. (FILIPE COUTINHO)

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