Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Teixeira agora quer se vingar de traidores

CBF
Cartola planeja voltar ao Brasil e retaliar quem não o apoiou na crise

MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

O presidente da CBF e do COL (Comitê Organizador Local da Copa-14), Ricardo Teixeira, vai passar pelo menos uma semana na Flórida, onde se refugiou com a família. Mas já prepara vingança contra quem se voltou contra ele durante a crise recente.

A ideia de se afastar ou se licenciar por período longo está afastada por ora, dizem interlocutores do dirigente.

Ao voltar ao Brasil, o que planeja fazer na semana seguinte ao Carnaval, promete agir para mudar o cenário do futebol brasileiro que deixou ao sair do país, anteontem.

E então agirá. Para retaliar quem mostrou não estar ao seu lado durante a crise e para retribuir àqueles que demonstraram fidelidade.

Teixeira passou a semana passada sob pressão intensa. A Folha revelou a ligação entre o cartola e a Ailanto Marketing, empresa acusada de superfaturar amistoso da seleção em Brasília, em 2008.

As denúncias serviram para reforçar os rumores de que ele se afastaria da CBF, da qual é presidente desde 1989.

Começou então uma corrida pela sucessão de um dirigente que continua no poder.

Pelo estatuto da entidade, o vice mais velho é quem substitui o presidente. No caso, seria José Maria Marin, 79, vice da região Sudeste, indicado à CBF pelo presidente da Federação Paulista de Futebol, Marco Polo Del Nero.

A relação entre Teixeira e o cartola paulista só melhorou nos últimos dias.

Contrários ao que consideram um privilégio excessivo do futebol paulista, dirigentes de Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Bahia e Rio se articularam para discutir quem assumiria o poder.

Até convocaram uma assembleia para discutir a situação do presidente da CBF. Mas o dirigente já iniciou manobras para abafar esse movimento de oposição.

Teixeira ficou especialmente desgostoso com algumas dessas federações e com Weber Magalhães, vice da CBF para a região Centro-Oeste, que se assumiu candidato a substitui-lo.

O cartola constatou ainda que o fogo amigo dentro da entidade que dirige foi maior do que esperava. É provável que Teixeira promova mudanças na confederações.

Em 2010, o dirigente sofreu sua maior derrota na eleição do Clube dos 13, que reúne os principais clubes do país.

A resposta veio com a articulação para implodir a entidade e retirar o Morumbi, cujo presidente era o líder da oposição, da Copa de 2014.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.