Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Cansado, Bellucci perde de italiano no Ibirapuera

TÊNIS
Após pedir até atendimento em quadra, brasileiro cai na semifinal

FERNANDO ITOKAZU
DE SÃO PAULO

Thomaz Bellucci (38º do mundo) não resistiu ao cansaço físico e mental e foi derrotado pelo italiano Filippo Volandri (69º), ontem, na semifinal do Brasil Open.

Bellucci, 24, mostrou problemas físicos na derrota por 2 a 1 (5/7, 6/0 e 6/2).

O brasileiro havia feito uma partida emocionante contra o argentino Leonardo Mayer nas quartas de final.

O duelo terminou por volta da 1h de sábado, e Bellucci disse que jogaria com Volandri "até com uma perna só". Houve intervalo de cerca de 15 horas entre os jogos.

"Não consegui me recuperar", disse o brasileiro. "Emocionalmente também foi muito desgastante", completou.

A semifinal começou equilibrada. A primeira quebra aconteceu no sétimo game e foi obtida pelo italiano. Na sequência, porém, Bellucci devolveu: 4 a 4. Seus problemas ficaram evidentes no 11º game, quando solicitou atendimento do fisioterapeuta.

O brasileiro voltou para confirmar o serviço, quebrar o saque do italiano e fechar o primeiro set em 7/5.

Na segunda parcial, praticamente sem mobilidade, Bellucci levou um "pneu" (6/0). No set decisivo, a torcida vibrou muito quando ele confirmou seu serviço no terceiro game. No intervalo, ouviu seu nome ser gritado. Entretanto, não repetiu o desempenho nos games seguintes e viu o rival fechar em 6/2.

"Tem que ser superatleta", disse Bellucci. "Fico todo dia treinando físico por quatro horas, mas não é o suficiente. Tenho que treinar mais."

O brasileiro está inscrito para jogar em Buenos Aires na próxima semana, mas afirmou que, se não estiver bem fisicamente, irá desistir.

Volandri disse que percebeu que o adversário tinha problemas, mas não sabia exatamente o que era.

"Procurei ficar focado", afirmou o italiano, que hoje enfrenta Nicolas Almagro, 11º do mundo, na decisão.

O espanhol venceu seu compatriota Albert Ramos por 2 a 0 (6/4 e 7/6).

Bicampeão do Brasil Open (2008 e 2011), Almagro tem a chance de se isolar como o maior vencedor do torneio. Hoje, divide essa condição com Gustavo Kuerten (vencedor em 2002 e 2004).

"O Guga é incrível", afirmou o cabeça número um.

"Mas não estou nem perto dele. Ele conseguiu três Grand Slams", disse.

Os ingressos para a decisão de hoje estão esgotados.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.