Reunião oficial desmonta ato de cartolas rebeldes

O movimento de federações estaduais para indicar o sucessor de Ricardo Teixeira na CBF (Confederação Brasileira de Futebol) mal começou e já sofreu seu primeiro nocaute. E o nocauteador foi o próprio Teixeira.

Sabendo que os presidentes das federações rebeldes haviam marcado para o próximo dia 29 à tarde um encontro para discutir sua sucessão, o presidente da CBF agiu rapidamente.

Em um ato de demonstração de poder, o cartola convocou uma assembleia geral da CBF para o mesmo dia e horário do encontro marcado pelos rebeldes.

O fato fez com que a reunião independente fosse cancelada -e enfraqueceu a articulação em torno da queda de Teixeira.

"Tivemos que cancelar a nossa reunião. Eu e todos os presidentes de federações temos que ir [à assembleia geral da CBF]", disse Francisco Novelletto, presidente da federação gaúcha e um dos principais articuladores do movimento rebelde.

Segundo o estatuto da CBF, a presença de todos os presidentes de federação não é obrigatória. Mas até mesmo os mais rebeldes devem participar do encontro.

Assim, a reunião paralela, que serviria para articular a tomada de poder na CBF no momento em que Ricardo Teixeira renunciasse, foi por água abaixo.

Na assembleia geral da CBF, é esperado que o presidente da confederação tire satisfações sobre o movimento que dava como certa sua queda. E os líderes do levante sejam questionados.

O principais alvos de Teixeira são Novelletto (RS), Rubens Lopes (RJ) e Ednaldo Rodrigues (BA).

Os três cartolas foram alguns dos poucos presidentes de federações estaduais que mantiveram até o fim a assinatura no pedido de assembleia independente.

Em tom mais conciliatório, Novelletto diz acreditar que o encontro com Teixeira será bom para o esclarecimento de dúvidas e boatos que surgiram nas últimas semanas.