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Ensaio geral

Londres faz ajustes e testa segurança de quase todas as suas arenas e da cidade, que recebem os Jogos Olímpicos em julho

Adrian Dennis/France Presse
Ciclista francês em teste no velódromo de Londres
Ciclista francês em teste no velódromo de Londres

FERNANDA ODILLA
EM LONDRES

Na tentativa de sediar uma Olimpíada à prova de terror, pânico, falhas e tropeços, Londres tem promovido uma maratona de testes para avaliar a qualidade de equipamentos, serviços e mão de obra e corrigido problemas dentro e fora das arenas.

"Revisões e alterações são vistos como melhorias positivas. Os testes são para isso", avalia a autoridade olímpica de Londres, via assessoria.

Já foram realizados 32 dos 45 eventos-testes previstos.

Entre os principais pontos analisados nos torneios estão qualidade da força de trabalho, pontualidade, iluminação, cronômetros e placares, e também as novas arenas.

Os testes são também uma boa oportunidade para quem não conseguiu ingressos para os Jogos assistir a competições similares por preços bem mais acessíveis.

Ontem terminou a simulação de um atentado terrorista numa estação de metrô no centro, que mobilizou 2.500 pessoas, durou dois dias e foi organizada pela polícia para testar os serviços de emergência e segurança.

Além de simular retirada de passageiros, atendimento a feridos e preservação do local da explosão de um pacote, a polícia também está avaliando o processo de tomada de decisões de autoridades.

Relatório recente apontou falhas de comunicação e coordenação após os ataques terroristas em julho de 2005, que mataram 52 pessoas.

Nas arenas, os eventos-testes começaram em maio passado, mas nem todos com o mesmo rigor de segurança.

Para entrar no Parque Olímpico, por exemplo, o processo é similar ao dos aeroportos: bolsas e casacos passam por raio-X,e espectadores e equipes por detectores de metal. Na arena onde foi disputada a ginástica artística, em janeiro, contudo, não houve checagem de todas as sacolas e mochilas.

Os testes também estão sendo úteis para proteger os atletas e melhorar as arenas. A pista de BMX, por exemplo, foi remodelada depois dos vários tombos registrados numa competição em agosto. O primeiro salto foi reduzido, e outros, retirados por causa da avaliação dos atletas, que reclamaram da pista, em especial quando ventava forte.

O caminho percorrido pelos jogadores de basquete até a quadra da arena desmontável também foi alterado para evitar que os atletas passem no meio dos jornalistas.

E os organizadores aprovaram o novo equipamento testado na esgrima, um piso luminoso para indicar quando um atleta marca ponto.

O sistema de som também esta sendo aprimorado.

Inaugurado pelos atletas na Copa do Mundo de saltos ornamentais, na última segunda-feira, o parque aquático já serviu para o brasileiro Cesar Castro se classificar para sua terceira Olimpíada no trampolim de 3 m. E também para detectar a necessidade de ajustes no sistema de aquecimento e refrigeração.

Uma das preocupações mais recentes é dar prioridade à saída dos convidados VIPs, em especial na abertura, em 27 de julho. O Estádio Olímpico foi erguido numa espécie de ilha, com poucas vias de acesso para pedestres e, principalmente, carros.

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