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Oscar garante que não volta ao Morumbi

ENTREVISTA
Meia do Inter diz que ação tricolor é para desestabilizá-lo

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC

Alvo de uma ação judicial movida pelo São Paulo, o meia Oscar, 20, descarta qualquer possibilidade de retornar ao clube do Morumbi.
Cotado para ir aos Jogos de Londres, Oscar disse à Folha que não há clima para defender seu ex-clube, que "quer mexer com a cabeça" dele.

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Folha - Você achou que iria passar pelo estresse de uma batalha legal depois de já estar jogando no Inter?
Oscar - Após dois anos, não esperava mais. Na hora em que me informaram de que havia começado tudo de novo, esquentei a cabeça. Mas me acalmei depois de conversar com os advogados.

Como o peso de uma ação judicial sobre você afeta sua performance em campo?
Acho que não afeta. Se ficar sem jogar, sim, me afetará. Como quando fiquei sem jogar no São Paulo. Foram seis meses que fiquei sem jogar, e treinei separado. Espero que isso se resolva logo para eu poder continuar jogando.

Você participou da campanha da seleção sub-20 que garantiu vaga na Olimpíada de Londres. Tem medo que a batalha judicial o tire dos Jogos?
É. A Olimpíada está chegando, estou passando por um bom momento com o Internacional, a Libertadores, o Gaúcho. Acho que esse negócio da ação, e as acusações de que estou inscrito irregularmente na Libertadores, são para mexer com a minha cabeça. Estão tentando mexer com a minha cabeça.

Se os seus advogados perderem a batalha na Justiça, você está preparado para voltar a jogar pelo São Paulo?
Não penso nisso. A juíza disse que não me vê jogando pelo São Paulo de novo. Acho que o próprio São Paulo não acha que eu vá voltar para lá. Só tentam recuperar o investimento. Se eu ficar sem jogar, dessa vez acho que serão dois, três jogos, algo que não irá me prejudicar para a Olimpíada, sei que o Mano [Menezes] confia no meu trabalho.

Você chegou a ser ameaçado por torcedores são-paulinos na época do início do imbróglio com o São Paulo, não?
Eles cercaram minha casa. Não chegou a ter uma ameaça. O problema é que os dirigentes falam muitas coisas e, mesmo quando corrigem depois, o estrago está feito. As pessoas ficam com uma impressão errada sua. Só quem está mesmo dentro da situação sabe como é, tem mesmo que ter um apoio da família. Eu só espero que tudo se resolva e eu continue jogando.

Até aonde você acha que o São Paulo irá para ter você de volta jogando no Morumbi?
Acho que vão insistir até o final, ficar no meu pé. Tenho que ter cabeça para isso não me afetar. Mas, se chegasse a um ponto em que eu tivesse de voltar para o São Paulo, teria que ter algum acordo, porque não jogo mais lá.

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