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Ação voltada a chineses comete gafe diplomática

FABIANO MAISONNAVE
DE PEQUIM

Com interesse declarado em ficar conhecido na China, o Corinthians publicou um convite bilíngue, em português e chinês, para a apresentação de Chen Zhizhao, marcada para hoje.

O clube do Parque São Jorge grafou no material caracteres chineses tradicionais, utilizados principalmente em Taiwan e em Hong Kong. A China continental, sob o regime comunista, usa caracteres simplificados desde a década de 1950, como forma de massificar a alfabetização.

Os caracteres tradicionais não chegam a inviabilizar a leitura de quem estudou caracteres simples, mas a associação a Taiwan e Hong Kong é automática. Mal comparando, é como um brasileiro lendo o "português de Portugal".

O Corinthians diz que contratou uma empresa ligada ao consulado chinês para assessorá-lo na ação.

Ela preferiu usar a escrita tradicional porque a campanha seria voltada à comunidade chinesa no Brasil.

Formada por pessoas mais velhas, a comunidade estaria mais acostumada aos caracteres tradicionais, informa o Corinthians.

O clube afirma que recebeu dicas de etiqueta para não cometer gafes com os chineses, como não citar alguns números considerados pejorativos.

O time paulista está fazendo enquete em seu site sobre como a torcida prefere chamar o reforço da China: estão na disputa os nomes Chen, Cheng, Zizao e o abrasileirado Zizão.

A contratação do jogador tem alcançado um destaque limitado na imprensa da China, baseado principalmente nos meios de comunicação brasileiros.

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