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Insatisfeito, Mano admite mudanças

SELEÇÃO
Treinador quer que sua equipe 'perca o medo de atacar'

MARTÍN FERNANDEZ
ENVIADO ESPECIAL A ST. GALLEN

Se a intenção era encerrar os testes e firmar uma base para a seleção brasileira, o amistoso contra a Bósnia-Herzegóvina pouco ajudou.

A vitória por 2 a 1, arrancada nos acréscimos graças a um gol contra dos bósnios, mostrou a fragilidade do time em alguns setores e sob certas circunstâncias.

Tudo indica que, nas próximas partidas, o técnico Mano Menezes voltará a fazer mudanças no time nacional.

"Não podemos ter medo de atacar", afirmou o treinador. "Essa segurança precisa ser melhor trabalhada."

Mano quer, sobretudo, mais paciência e menos pressa de seus comandados.

"Não precisa colocar um companheiro toda hora na cara do gol", declarou, em crítica a Ronaldinho. "Quando não for possível, não perca a bola, já está bom."

A seleção fará quatro amistosos entre maio e junho, os últimos antes da convocação para a Olimpíada, que será disputada a partir de julho.

O Brasil vai enfrentar a Dinamarca em 26 de maio na Alemanha e, de lá, segue para três partidas nos EUA, diante dos donos da casa, do México e da Argentina.

Para o primeiro amistoso do ano, contra a Bósnia-Herzegóvina, Mano chamou oito jogadores sub-23 (com idade olímpica) e 15 "veteranos".

Essa proporção deve mudar na próxima convocação. "Quando estivermos nos EUA, vamos ter mais tempo", declarou o treinador sobre a possibilidade de fazer novos testes na equipe.

Júlio César e Ronaldinho, os mais velhos do time, saem chamuscados do teste desta semana. Chegaram à Suíça como candidatos a uma vaga olímpica, mas falharam contra a Bósnia e foram abertamente criticados por Mano.

Sobretudo o camisa 10, que também perdeu a faixa de capitão do time -agora usada pelo zagueiro Thiago Silva, este sim, nome cada mais certo no torneio olímpico.

Até agora, em 21 jogos, o treinador não escalou goleiro ou zagueiros com idade para disputar os Jogos.

Os jovens Danilo e Alex Sandro já ganharam chances nas laterais, mas ainda estão longe do nível exibido por Daniel Alves e Marcelo.

Sandro, Ganso, Neymar, Lucas e Leandro Damião, todos com menos de 23 anos, formam a base do time que tentará a primeira medalha de ouro do Brasil nos Jogos.

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