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Lúcio Ribeiro

Os neobobos do futebol

Quando o já famoso termo 'não tem mais bobo no futebol' ganha novos sentidos

A gasta expressão "não tem mais bobo do futebol", cunhada para enfatizar que times e/ou seleções gigantes também podem, às vezes, vai que, quem sabe, sofrer um revés contra times e/ou seleções "modestas", há tempos precisa de uma reavaliação. Talvez esteja mais do que na hora de salientarmos a necessidade de inserir no vocabulário futebolístico uma nova acepção para a palavra "bobo".

Na semana passada, a seleção de Mano, em seu calvário rumo à Copa-14 em casa, foi "se preparar" na Europa e conseguiu uma vitória suada contra a inexpressiva Bósnia, no sufoco, gol contra do "inimigo" no final. Seleção travada, atuação desanimadora, mas mesmo assim o gol contra arrancou efusiva comemoração de Mano. Tudo errado.

(Trim triiiiiim. Alô, Guardiola? Pode falar?)

Dias antes, na Libertadores, o Corinthians campeão brasileiro (frise-se) foi à Venezuela e também teve sorte no fim, mas só para empatar com o ex-"bobo no futebol" Deportivo Táchira, gol de empate este que arrancou efusiva comemoração do técnico Tite. E foi refletido em fogos em algumas regiões de São Paulo. A "façanha", jogo de estreia de uma chave de quatro em que se classificam dois, já está maldosamente apelidada pela "Batalha de San Cristóbal". Tudo errado.

Amanhã, o Apoel, do Chipre, país que nem consta do ranking Fifa das 50 seleções, decide em casa uma vaga para as quartas da Champions League, o mais rico torneio de clubes do mundo. O jogo é contra o francês Lyon e, no encontro de ida, o Apoel conseguiu perder apenas por 1 a 0. Chipre nas alturas?

A mesma Champions League do Apoel é a do Basel, da supertradicional (só que não) Suíça, que na semana que vem, depois de eliminar o zilionário Manchester United, vai à Alemanha peitar o Bayern, precisando do empate.

Mais. Amanhã, aqui no país, começa o maior torneio de "bobos" e "neobobos" do futebol, a Copa do Brasil. O outrora "mister Libertadores" São Paulo, fora de seu torneio "habitat", começa sua campanha indo jogar no Norte contra o Independente do Pará, time de Tucuruí, cidade cujo esporte local é a pesca do peixe tucunaré. O Independente, para alertar 90% dos são-paulinos, é o primeiro time do interior a ganhar o Paraense, batendo o Paysandu. Para aliviar a barra tricolor, o jogo contra o time formado por um "crowdfunding" (tem 180 sócios-donos), será em Belém.

O Palmeiras, o "rei da bobeira" na Copa do Brasil, estreia na semana que vem contra o Coruripe, de Alagoas, do mesmo Estado do ASA de Arapiraca, time que uma vez...

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