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Auxílio de Kassab fica na promessa

ARENAS
Clubes reclamam e já duvidam de ajuda da prefeitura

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC
RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

As promessas do prefeito Gilberto Kassab (PSD) feitas no fim do ano passado para atender as arenas do Morumbi e do Palmeiras, a exemplo do que já fizera com o Corinthians, não saíram do papel.

No dia 20 de dezembro, Kassab visitou o São Paulo. Uma semana depois, apareceu no Palmeiras. E afirmou que conversaria com a Lusa.

Após auxiliar o Corinthians na construção de sua futura arena com um milionário incentivo fiscal e a aceleração dos processos burocráticos, Kassab revelou a intenção de impulsionar os outros clubes.

Mais de dois meses se passaram, e nada aconteceu. Dirigentes desconfiam que as promessas feitas não passaram só disso, promessas.

"Por enquanto, não fui procurado. Pode ser que essa promessa tenha a ver com este ser ano eleitoral. Mas se tem para um, tem que ter para todos", afirmou Manuel da Lupa, presidente da Lusa.

Não é o único que acredita que o apoio ficará no papel.

Pessoas ligadas à parceria Palmeiras/WTorre, responsável pela Arena Palestra, não contam com os benefícios.

Para ajudar o clube, Kassab prometeu fazer alterações na lei municipal de zoneamento. A meta seria aumentar o potencial de área construída para a nova arena ampliar de 2.000 para 3.000 as vagas de estacionamento.

Para a alteração ser efetuada, o projeto de lei precisa ser encaminhado para a Câmara de Vereadores, o que até agora ainda não aconteceu.

Ao contrário do rival, o São Paulo depende totalmente dos avais públicos para poder colocar em prática o plano de cobrir as arquibancadas do Morumbi, preterido como sede da Copa de 2014.

E, apesar de acreditar que o pacote de apoio não terminará como apenas uma promessa, também reclama.

Segundo o assessor da presidência José Francisco Manssur, os pedidos feitos pelo São Paulo estão percorrendo os trâmites burocráticos em uma velocidade comum, sem o empurrão que foi propiciado por Kassab ao Itaquerão.

As obras no estádio corintiano demoraram 44 dias para serem aprovadas. A solicitação de alvará para início da reforma do Morumbi foi entregue ao Contru (Departamento de Controle do Uso de Imóveis) em 14 de novembro.

"É hora de pressionar o Kassab para agilizar esse processo", disse o vereador e conselheiro são-paulino Marco Aurélio Cunha, que é do mesmo partido do prefeito.

O clube solicitou ao Contru aval para cobrir o Morumbi sem depender de uma nova lei de potencial de construção. O mesmo projeto, que beneficiaria também o Palmeiras, permitiria ao São Paulo construir um hotel em área conectada ao estádio.

Procurada pela Folha, a prefeitura não se pronunciou. Já o Contru respondeu que não tinha informações sobre o pedido do São Paulo.

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