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Íntimo das redes

Ainda em ascensão, Messi, que soma 53 gols em 2011/12, tem a primeira temporada com média de gols superior à da carreira de Pelé

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Lionel Messi, 24, é tão bom que, pelo menos em uma temporada, tem números que fariam bonito até para os padrões de Pelé, o maior jogador da história do futebol.

O craque argentino, eleito o melhor jogador do mundo nos últimos três anos em eleição promovida pela Fifa, ostenta em 2011/12 média de gols superior à da carreira do brasileiro, que foi três vezes campeão mundial.

O camisa 10 do Barcelona soma até agora 53 gols em 49 jogos nesta temporada (1,08 por partida). A conta inclui 42 apresentações oficiais pela equipe catalã e raros amistosos pela Argentina.

Já Pelé, em 21 anos como profissional, acumulou 1.281 tentos em 1.365 partidas (0,94 de média). Em sua melhor fase, ainda é inalcançável -teve 1,48 gol por jogo em 1961.

Seus números são inflados por excursões que o Santos fez por todos os cantos do mundo e até pelo Exército.

"Você pode esperar tudo do Messi. Ele é o maior jogador da história. Nós nunca vimos ninguém como ele", disse o companheiro de Barcelona Cesc Fàbregas. Via Twitter, o atacante inglês Wayne Rooney, do Manchester United, emitiu a mesma opinião.

Ambos estavam extasiados com a atuação de gala do argentino na goleada por 7 a 1 do Barcelona sobre o Bayer Leverkusen, pelas oitavas de final da Copa dos Campeões.

Foi a primeira vez que um jogador marcou cinco gols em uma partida na era moderna do torneio (iniciada em 1992). Foi também o recorde de tentos de Messi em 90 minutos.

O craque, a sete gols de virar o maior artilheiro do Barcelona de todos os tempos, tem 250 tentos em 378 partidas desde que se profissionalizou. Sua média de 0,66 gol por jogo não para de crescer.

A carreira de Messi ainda está em trajetória ascendente. Suas estatísticas de desempenho têm melhorado ano após ano e provam isso.

Da temporada passada para esta, sua média de gols explodiu: 25,6% de acréscimo. A de assistências cresceu com mais modéstia, 12,3%.

Em 20 dias, fez pelo menos quatro gols em uma partida por duas vezes. Nos sete anos anteriores, só havia alcançado essa marca em um jogo.

Em apenas sete exibições na Copa dos Campeões, o mais rico torneio interclubes do mundo, já repetiu a marca de 12 tentos que lhe deu a artilharia na última edição.

Qual será seu limite? É cedo para precisar. Mas o Messi desta temporada é melhor do que Pelé em dias normais.

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