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Diretores negam liberação de Wesley

PALMEIRAS
Alemães anunciam acerto, mas paulistas afirmam que dinheiro da torcida ainda é necessário

ADRIANO WILKSON
DE SÃO PAULO

O Werder Bremen (ALE) anunciou que a negociação para liberar Wesley foi um sucesso e que o volante estaria apto a defender o Palmeiras.

Mas provocou uma onda de negação entre os cartolas paulistas, empenhados em mobilizar a torcida a doar dinheiro para trazer o jogador.

Por todos os lados, de gerentes ao presidente, a diretoria palmeirense adotou o mesmo discurso. Eles negam que Wesley esteja contratado e dizem que o dinheiro da torcida ainda é necessário.

"Não mudou nada. Não entendi esse comunicado que eles publicaram", disse o vice de futebol Roberto Frizzo. "Eles são de outro país, outra cultura, têm um jeito particular de entender as coisas."

"Foi estranho. Não esperávamos isso", repetiu o vice financeiro Walter Munhoz.

O clube alemão publicou a notícia porque disse ter recebido garantias bancárias do Palmeiras. E elogiou o time por cumprir todos os prazos.

Mas as garantias bancárias já haviam sido anunciadas pelo Palmeiras há uma semana, quando a diretoria explicou como seria a captação.

Segundo Frizzo, no entanto, o volante só vai ser liberado quando o clube fizer o depósito de pelo menos um terço dos € 6 milhões que exigem os alemães. Ele afirma que isso ainda não ocorreu.

O presidente Arnaldo Tirone disse que, mesmo com crédito para pagar por Wesley, preferia pedir verba à torcida para não endividar o clube.

A campanha quer arrecadar mais de R$ 21 milhões, mas até a noite de ontem conseguira menos de 3% disso.

Para o Palmeiras, o anúncio dos alemães atrapalha a mobilização do torcedor.

"Na hora de ajudar, ninguém ajuda, mas para atrapalhar, aparece todo mundo", disparou Frizzo. A reportagem tentou contato com o Werder Bremen, mas não obteve resposta a suas questões.

A Mop, empresa que apresentou ao Palmeiras o modelo de arrecadação, afirmou que nada mudou na campanha e que os torcedores que já doaram não serão lesados.

"Sabíamos que haveria dificuldades por estarmos em um negócio pioneiro", disse André Barros, diretor da Mop.

Ele afirmou que não explicou aos alemães como funciona a arrecadação com a torcida, papel que caberia exclusivamente ao Palmeiras.

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