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Messi está acima de todos, diz Neymar

PAULISTA
Atacante santista descarta rivalidade com argentino e afirma que não sabe se virou um popstar

RAPHAEL MARCHIORI
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA, EM SANTOS

Passava do meio-dia quando Neymar apareceu, ontem, para sua primeira entrevista coletiva após fazer dois gols de placa, contra o Inter, na quarta-feira, na Libertadores.

Acompanhado do pai, de assessores e de seguranças, Neymar surgiu de bermuda, camisa regata amarela, brincos e relógio extravagantes.

Assim que ele se sentou, os jornalistas estancaram o murmurinho na sala do CT Rei Pelé. Neymar quebrou o silêncio: "Lotado aqui, não?".

Havia ao menos 60 repórteres, fotógrafos e cinegrafistas, além de carros e equipamentos para transmissão ao vivo de duas emissoras de TV.

A entrevista ocorreu com dois dias de atraso. Após o duelo em que Neymar deixou o zagueiro Rodrigo Moledo e outros colorados para trás em arrancadas de 60 m, todos esperavam ouvi-lo já no dia do jogo. Mas o Santos escalou o volante Arouca para falar.

O pano de fundo das entrevistas da Libertadores estampa marcas de patrocinadores do torneio, e não dos clubes.

Um desses patrocinadores, o banco Santander, também investe em Neymar. Mas a concorrida entrevista do atacante aconteceu em frente às marcas ligadas ao Santos.

Além de preterir o banco espanhol, o astro ainda deixou de lado seu mais novo produto pessoal, uma camisa lançada pela Nike que traz a frase "vem com #toiss".

A gíria "toiss" é usada entre os amigos de Neymar e significa "nós". Mas o objetivo do atacante era falar sobre sua atuação de gala e a inevitável comparação com Lionel Messi, que marcou cinco vezes ante o Bayer Leverkusen.

"Essa rivalidade entre Messi e Neymar não existe", disse o astro, repetindo a moda de Pelé ao falar de si na terceira pessoa. "Ele [o argentino] está acima de todos."

Neymar citou a cantora Ivete Sangalo para falar sobre seu estágio de popstar. "Vi a Ivete falando que ela não sabe o que ela virou. Estou nisso aí: não sei o que virei, mas alguma coisa virei."

Antes de deixar a sala, 22 minutos após entrar no local, Neymar ainda foi indagado sobre a possibilidade de se tornar o segundo maior goleador da história santista, posto ocupado hoje pelo ex-ponta-esquerda Pepe (405 gols).

"Eu, não, jamais. É muita coisa", desconversou Neymar. Ele se tornou, nesta semana, o quinto maior artilheiro da época pós-Pelé ao marcar seu 90º gol. Está atrás apenas de Robinho, Serginho Chulapa, João Paulo e Juary.

Já longe dos jornalistas, o jogador se soltou, subiu nas costas do pai, que depois o ajudou a autografar camisas.

Neymar, o pai, aprendeu a fazer a assinatura do filho. Em seu último ato público, o astro tirou a camisa e deixou as câmeras, que foram ao CT santista só para registrá-lo.

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