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Rebelo pediu adiamento da visita de Valcke

FILIPE COUTINHO
DE BRASÍLIA

A Fifa adiou a vinda ao país do secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, por pressão do governo brasileiro, que não queria recebê-lo na semana que vem.

O dirigente sugeriu que o Brasil precisava de um "chute no traseiro" para acelerar as obras da Copa de 2014.

O adiamento da visita foi um pedido pessoal do ministro Aldo Rebelo, do Esporte, insatisfeito com o cartola francês por conta da frase "inapropriada" e dos desdobramentos do caso.

Segundo a Folha apurou, a ideia é colocar em banho-maria a participação de Valcke como interlocutor do Brasil na Copa-2014 até a presidente Dilma Rousseff e o presidente da Fifa, Joseph Blatter, encontrarem-se pessoalmente para discutir a questão e baixar a poeira.

O entendimento é que o caso poderia ganhar mais polêmica se o dirigente viesse ao país sem ser reconhecido pelo governo como interlocutor. Por isso, não haverá visita até Dilma e Blatter colocarem um ponto final no imbróglio -o encontro deve ocorrer neste mês.

O governo não considerou o caso encerrado mesmo após ter aceitado as desculpas de Blatter e Valcke. Ainda espera resposta para o principal: o pedido para que o dirigente saísse da negociação da Copa-2014.

Após o governo relatar, em carta, o "espanto" com o "chute no traseiro", Blatter saiu pela tangente.

Também por escrito, o cartola pediu desculpas, falou sobre viagem que fazia ao Butão, mas não usou nenhuma das 18 linhas para responder se Valcke continuaria como interlocutor.

O francês deveria chegar ao Brasil na segunda-feira para inspecionar os estádios de Recife, Brasília e Cuiabá, conforme cronograma estabelecido antes da crise.

ATRASOS

A polêmica frase de Valcke foi dita após o dirigente reclamar de atrasos na organização da Copa-2014.

Em especial, a Fifa pressiona para que o Congresso aprove com urgência a Lei Geral da Copa, em discussão há cinco meses.

A aprovação é a forma de a entidade ter garantias, com força de lei, para organizar o Mundial brasileiro e dar segurança jurídica a seus patrocinadores.

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