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Custo final de Jogos deve estourar

2012
Relatório do Parlamento britânico prevê que orçamento inicial será superado em 19%

Pawel Kopczynski/Reuters
O sueco Michel Tórneus crava 7,85 m no salto em distância no Mundial indoor, em Istambul. O brasileiro Marcus Vinícius da Silva fez a melhor marca do ano (8,28 m) e se classificou em 1º à final, que será disputada hoje
O sueco Michel Tórneus crava 7,85 m no salto em distância no Mundial indoor, em Istambul. O brasileiro Marcus Vinícius da Silva fez a melhor marca do ano (8,28 m) e se classificou em 1º à final, que será disputada hoje

DE SÃO PAULO

O custo final da Olimpíada de Londres, que começará em 27 de julho, corre grande risco de superar sua previsão inicial de 9,3 bilhões de libras (cerca de R$ 26 bilhões).

De acordo com um relatório divulgado ontem pelo Parlamento britânico, os Jogos deste ano deverão consumir cerca de 11 bilhões de libras (R$ 30,8 bilhões), 19% a mais do que o previsto antes.

A Olimpíada do Rio, em 2016, tem previsão de gastos de R$ 33,5 bilhões, em valor corrigido pela inflação.

O documento, elaborado pelo Comitê de Contas Públicas da Câmara dos Comuns, fez outro alerta: há custos relevantes que não foram contabilizados. Um deles se refere aos 788 milhões de libras (R$ 2,2 bilhões) gastos na compra do terreno do Parque Olímpico. O outro, aos 826 milhões de libras (R$ 2,3 bilhões) comprometidos com projetos de legado olímpico.

O aumento dos gastos com segurança é apontado como principal vilão. Em dezembro, o governo do Reino Unido decidiu dobrar o orçamento direcionado para o setor, que consumirá 553 milhões de libras (R$ 1,55 bilhão).

O Comitê de Contas Públicas criticou o Locog (comitê organizador de Londres-2012) por ter subestimado os gastos com segurança.

Segundo o relatório, o cálculo inicial feito pelo Locog, de que seriam necessários 10 mil agentes de segurança na zona olímpica, foi feito "a olho". Depois, o governo britânico decidiu aumentar o efetivo para 23.700 agentes.

"As estimativas do Locog sobre a segurança das instalações poderiam ter sido feitas com mais informações prévias. Essa falta de previsão anulou a capacidade do comitê de negociar e reduzir os custos", disse o relatório.

O documento alertou para as dúvidas que ainda pairam sobre o plano de legado dos Jogos de Londres.

O futuro do Estádio Olímpico permanece indefinido. Ainda não há definição de qual empresa ou clube vai gerenciar a arena após os Jogos.

Os parlamentares ainda questionaram o fracasso de um dos projetos de legado.

Segundo o dossiê de candidatura, Londres-2012 se comprometia a inserir 1 milhão de pessoas na prática esportiva -uma meta que o governo de David Cameron já classificou como exagerada.

De acordo com o Locog, o programa olímpico conseguiu tirar 109 mil pessoas do sedentarismo. Para o Comitê de Contas Públicas, esse resultado não justifica os gastos para fomentar a prática esportiva entre os ingleses.

Com as agências de notícias

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