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Teixeira não cumpre papel no COL

2014
Comitê que, por contrato, deve mediar relação governo-Fifa tem tido atuação quase nula

RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

O COL (Comitê Organizador Local) da Copa-2014 deveria ser o responsável por mediar a relação entre a Fifa e o governo federal. É o que diz o "Acordo para Sediar", principal contrato do evento.

Mas o comitê tem sido deixado de lado em meio à atual disputa entre a entidade máxima do futebol e a União.

Em sua seção 4, "Assuntos governamentais", o acordo prevê que o COL seria o braço da Fifa nas negociações com autoridades públicas.

"O COL confirma que assistirá plenamente a Fifa no cumprimento das garantias governamentais pelo governo do país anfitrião", diz o contrato, que prevê até lobby do comitê nesse sentido.

As garantias governamentais foram os documentos assinados pelo país que deveriam ser transformados mais tarde na Lei Geral da Copa.

Mas a negociação da legislação se deu diretamente entre o secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, e o Ministério do Esporte e parlamentares.

O presidente do COL, Ricardo Teixeira, nada fez por estar enfraquecido no Congresso com o esvaziamento da chamada Bancada da Bola, de congressistas aliados.

Outro artigo do contrato diz: "O COL concorda em ajudar inteiramente a Fifa para obter o acesso aos ministros do governo do país anfitrião".

Na discussão entre Valcke e o ministro Aldo Rebelo (Esporte), a Fifa negociou diretamente com o governo por carta e telefone. Fez o mesmo para acertar audiência entre o seu presidente, Joseph Blatter, e a presidente da República, Dilma Rousseff.

Ricardo Teixeira nem sequer foi chamado. Não tem trânsito com Dilma nem com a presidência da Fifa no momento. Só fala com Rebelo.

E a tendência é que o cartola se afaste do comitê. Ontem, a assessoria do comitê informou que não havia sido feita alteração no COL após a licença de Teixeira da CBF -alegou problemas de saúde.

Se o dirigente deixar o comitê, Ronaldo é seu provável substituto no comando.

O organismo só tem funcionado de fato em relação a aspectos técnicos e para monitorar as obras dos estádios.

Pelo contrato, o COL tem até junho de 2012 para obter a aprovação das leis para a Copa. Mas, se a lei sair, não será por conta do comitê.

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