Para Leão, só vitória não basta

O São Paulo não vence quatro jogos seguidos desde o início do Brasileiro de 2011, quando emendou cinco vitórias consecutivas até ser goleado impiedosamente pelo Corinthians por 5 a 0.

Hoje, às 16h, contra a Portuguesa, no Morumbi, o time pode alcançar a quarta partida vitoriosa em sequência.

Mas, além de angariar mais três pontos, o treinador Emerson Leão quer que o rendimento em campo aumente.

Segundo ele, o São Paulo precisa elevar o padrão das suas vitórias. "Meu princípio é jogar pela vitória da melhor maneira possível", disse.

"Em 13 partidas no ano, ganhamos oito, empatamos quatro e perdemos uma. Nosso aproveitamento está regular. Ótimo é quando temos 80%. É disso que vamos atrás. Mas com muitas dificuldades", disse o treinador.

As dificuldades a que Leão se refere são os seguidos desfalques com os quais tem de lidar. Além do goleiro Rogério, que operou o ombro e não atuou na temporada, o volante Wellingon teve que passar por uma cirurgia no joelho.

O volante Fabricio jogou só por 20 minutos contra o Bragantino e se machucou.

O meia Cañete foi operado ainda em 2011, e o lateral direito Douglas já chegou ao clube contundido. Há também desfalques pontuais, como Luis Fabiano, que participou de quatro dos 13 jogos, e Jadson, fora de ritmo.

Por todos esses problemas, Leão entende que a cobrança é exagerada. E já admite que o time demore mais um pouco para entrar nos eixos.

"Eu tinha falado que a equipe estaria pronta no mês quatro [abril]. Já estamos no mês três [março]. Começo a ficar preocupado", afirmou.

Para que o time esteja preparado para enfrentar as suas maiores dificuldades, a fase eliminatória do Campeonato Paulista e o mata-mata da Copa do Brasil, Leão disse saber o que é necessário.

"O que eu vou fazer é dar repetição. Minha técnica é a da metodologia chinesa, de repetição, até eles [jogadores] entenderem", declarou.

Sobre o cansaço alegado pelos atletas, o treinador se colocou à disposição para ouvir as reclamações.

"Desde que instituímos a troca de jogadores, não tive como fazê-los descansar. Como vou descansar alguém se preciso da vitória?", indagou.

"O atleta de hoje contesta toda hora, em Twitter, Google, televisão, jornal. Mas o melhor é sentar e conversar com o treinador, que está aqui para ouvi-lo", finalizou.