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Brasil deve ter rodízio para evitar desgaste

VÔLEI Zé Roberto cogita dar chance, no Grand Prix, a mais atletas da Superliga para poupar grupo olímpico

MARIANA BASTOS
DE SÃO PAULO

O técnico José Roberto Guimarães admite que a seleção brasileira que buscará em maio a vaga para os Jogos de Londres-2012 e, depois, o bicampeonato olímpico não deve ter grandes novidades.

Mas isso não é motivo para outras atletas da Superliga, cujos mata-matas começam hoje, se desanimarem.

O técnico cogita escalar uma equipe inflada, com 19 jogadoras, para o Grand Prix. Seu objetivo é tentar evitar o desgaste das atletas que vão disputar a Olimpíada.

O excesso de viagens da competição internacional preocupa o técnico. A seleção jogará a primeira semana do Grand Prix na Europa, voltará ao Brasil e depois viajará para a China, onde serão disputados os últimos jogos da primeira fase e a fase final.

Em caso de vaga olímpica assegurada, o périplo acabaria cansando as atletas antes de elas chegarem a Londres.

"Não é um ano de teste, mas devo chamar um grande número de jogadoras para o Grand Prix. Como é ano de Olimpíada, a gente não pode desgastar as jogadoras com viagens", diz o técnico, que defende o rodízio de atletas no Grand Prix, embora a federação internacional tenha uma regra que dificulte isso.

"A federação diz que você tem que escalar nove jogadoras da edição anterior. Espero que neste ano eles deixem isso livre porque é importante fazer o rodízio", comenta o treinador, que deve fazer sua primeira convocação para o Pré-Olímpico na primeira semana de abril. Sua intenção é que as atletas já comecem a treinar a partir do dia 9 para o torneio sul-americano, entre 11 e 13 de maio.

Mas nem todas estarão à disposição do técnico logo no início de abril. Uma boa parte das atletas deve se apresentar só depois de 14 de abril, data da final da Superliga.

"Teremos pouco tempo de preparação para a Olimpíada, mas já sabíamos disso. Por isso, falei para as jogadoras no fim do ano passado: 'Treinem bem, joguem bem, se cuidem nos clubes porque não vamos ter tempo'", afirma o técnico, que celebra a recuperação física de suas jogadoras durante a Superliga.

Zé Roberto diz que sua única grande preocupação é com Natália, do Rio, que ainda se recupera de uma cirurgia.

Após encerrar suas atividades no Fenerbahce (Turquia) no início de abril, ele virá ao Brasil para ver de perto suas pupilas na Superliga e ainda avaliar a proposta da Amil. A empresa quer que Zé Roberto dirija um time em Campinas na próxima temporada.

"Estou cauteloso em tomar uma decisão. Quero voltar e conversar com o Ary [Graça, presidente da confederação brasileira]. Temos que fechar o ciclo olímpico para ver o que vai ser do futuro."

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