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Governo federal fica surpreso e aliviado

DE BRASÍLIA

O governo federal reagiu com surpresa e, ao mesmo tempo, alívio ao saber da renúncia de Ricardo Teixeira de seus cargos na CBF e no COL (Comitê Organizador Local).

O ministro Aldo Rebelo (Esporte) foi o escalado pela presidente Dilma para acompanhar de perto os desdobramentos da crise que agravou a situação do cartola no comando do futebol brasileiro.

A expectativa era a de que Teixeira mantivesse o plano de tirar licença médica.

Em nota, Rebelo manteve o discurso protocolar em relação ao dirigente e à Fifa -um capítulo à parte na crise que atinge a Copa-2014.

"O Ministério do Esporte reafirma sua determinação de continuar cooperando com a entidade responsável pela organização do Mundial."

A atitude de Aldo em relação a Teixeira partiu da ordem de Dilma, que, ao contrário de Lula, preferiu tratar o cartola com distanciamento. Próximo ao ex-presidente, restou a Teixeira apenas o trato institucional com Dilma, por conta do COL.

A presença de Teixeira na organização do Mundial era vista pelo governo como um obstáculo, principalmente pelas denúncias que o cartola acumulava à frente da CBF. Sua renúncia é apontada como um problema resolvido.

SAI, NÃO SAI

Relator da Lei Geral da Copa na Câmara, o deputado Vicente Cândido (PT-SP) acredita que a saída de Teixeira pode ajudar na votação da proposta pelo Congresso.

De acordo com ele, muitos deputados "estavam focados" nas denúncias contra o mandatário da CBF.

"Agora [com a renúncia de Teixeira], poderá haver uma agenda mais propositiva, o que para a Copa faz bem. Esse clima de sai, não sai, não fazia bem para ninguém."

Para o líder do governo, Cândido Vaccarezza (PT-SP), a saída de Teixeira não muda nada. "A instituição tem uma vida maior do que os seus representantes", afirmou.

Presidente da extinta CPI do Futebol, em 2001, que investigou a CBF, o senador Álvaro Dias (PSDB-PR) disse que a saída de Teixeira é a chance para o governo ter mais espaço na organização do Mundial-14 e que ele deveria indicar o substituto do cartola no comitê.

"Como a Copa está sendo preparada com recursos públicos, o governo tem que assumir a responsabilidade", declarou o tucano.

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