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Mais caçado, Neymar se queixa menos
LIBERTADORES DE SÃO PAULO Em três anos como jogador profissional, Neymar fez gols, driblou, ganhou fama, fãs, títulos e contratos milionários. E também conseguiu muitos desafetos. Pelo menos durante os 90 minutos de uma partida. Conforme foi ficando famoso, Neymar teve de conviver com mais pancadas. Levantamento do Datafolha mostra que o atacante recebia 2,3 faltas em média por jogo quando estreou pelo Santos, no Paulista-2009. Esse número foi crescendo de semestre em semestre até chegar às atuais 7,3 faltas que o santista sofre por partida. Hoje, às 19h45, ante o Juan Aurich no Peru, Neymar deve receber ainda mais faltas, já que a arbitragem internacional costuma ser mais permissiva com entradas duras. Nas últimas rodadas do Estadual, os zagueiros que tiveram a ingrata tarefa de parar Neymar acentuaram uma estratégia bem comum para fugir de punições do árbitro. O rodízio de faltas consiste em um revezamento entre os marcadores: cada um comete algumas infrações para que nenhum receba cartão. "Se a vítima desse tipo de agressão fosse eu, acho que iria para cima do agressor", diz o presidente santista, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro. Fora dos campos, a atitude do atacante em relação à violência dos beques mudou. Ele parou de reclamar. Recentemente, disse estar acostumado com as faltas e que futebol é esporte de contato. "Demos essa orientação a ele. Reclamar em público expõe o juiz, é um constrangimento", afirma o presidente. Ribeiro entregará à federação paulista um dvd editado com faltas em Neymar. O objetivo é alertar os juízes da necessidade de "protegê-lo". Mesmo sendo tão caçado em campo, Neymar nunca se machuca. Sua compleição física o ajuda a achar uma rota de fuga da violência: por ser leve, tem mais facilidade de sair do chão em divididas. Preso ao gramado, o risco de torção e fratura aumenta. Como é a grande estrela da Libertadores, Neymar faz o Santos ser alvo de admiração pelos países por onde passa. Mas também ajuda a despertar sentimentos opostos. Atletas do Juan Aurich acharam arrogante declaração de Muricy Ramalho sobre o time peruano ser "aparentemente o mais fraco do grupo". A inusitada rivalidade pode se transformar em jogadas mais duras em campo hoje.
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