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Palmeiras se livra de vícios para crescer

PAULISTA
Time deixa bolas aéreas e gols de cabeça e empata menos

RAFAEL REIS
DE SÃO PAULO

Os gols, antes a conta-gotas, agora acontecem aos montes. A bola parada, até pouco tempo atrás arma solitária, virou só mais uma peça do seu arsenal ofensivo. E os irritantes e frequentes empates ficaram no passado.

Para exibir a mais longa invencibilidade dos times da Série A brasileira no momento e voltar a brigar pela liderança do Paulista, o Palmeiras abandonou velhos vícios.

O time, que não perde há 19 jogos oficiais e chegará à ponta provisória do Estadual caso derrote a Ponte Preta, hoje, no Pacaembu, abandonou o estilo que tanta irritação causava aos torcedores.

A começar pela força ofensiva. Dono do segundo pior ataque do Brasileiro no ano passado, a equipe dirigida por Luiz Felipe Scolari é a que mais fez gols nas primeiras 13 rodadas do Estadual: 30.

O time alviverde só passou em branco uma vez em 2012 e aprendeu também, ainda que mais recentemente, a variar seu repertório de jogadas.

Segundo números do Datafolha, o Palmeiras continua sendo o clube com mais gols de bola parada e também de cabeça no Paulista.

Mas a dependência desses lances, característicos de equipes mais aguerridas do que técnicas, cai rodada após rodada nesta temporada.

Dos últimos 14 tentos, só quatro (28,5%) nasceram direta ou indiretamente de cobranças de falta, pênalti e escanteio. Essas jogadas chegaram a representar 58,8% dos gols do time em 2012.

Consequentemente, a bola aérea caiu junto. Os gols de cabeça geraram só três dos 17 últimos gols da equipe (17,6%). Nos 14 tentos anteriores a esses, oito saíram de cabeçadas (57,1%).

Com um futebol de mais movimentação e jogadas pelo chão, Marcos Assunção, o rei da bola parada, perdeu os papeis de líder técnico do time e de ídolo para Barcos.

O atacante argentino fez oito gols em nove jogos e se tornou o símbolo desse novo estilo palmeirense de jogo.

"Um jogador só não muda a equipe. O time todo melhorou", disse o centroavante.

Mas é fato que, desde a chegada de Barcos, muita coisa mudou. E melhorou.

Até o excesso de empates, uma característica marcante dos trabalhos de Scolari, foi abandonado pelo Palmeiras.

O recordista em resultados iguais no último Brasileiro (17, em 38 rodadas) empatou oito dos 19 jogos de sua invencibilidade. Mas cinco deles foram nas oito primeiras partidas dessa sequência.

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