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Duro de ganhar

Palmeiras e Corinthians, times que menos perderam desde novembro, duelam hoje

Ricardo Nogueira/Folhapress
O goleiro Júlio César em treino no CT do Corinthians
O goleiro Júlio César em treino no CT do Corinthians

LUCAS REIS
MARTÍN FERNANDEZ
DE SÃO PAULO

Corinthians e Palmeiras fazem um clássico digno de invencíveis hoje no Pacaembu.

Os esquadrões de Tite e Luiz Felipe Scolari são, dentre os 12 maiores clubes do país, os que menos perderam no último quadrimestre.

Vivem dias de paz com as torcidas e navegam tranquilamente por Libertadores e Copa do Brasil, suas prioridades neste semestre.

No Paulista, cuja liderança é do Palmeiras mas pode acabar em mãos corintianas hoje, ambos estão classificados e se preocupam mais com a futura segunda fase.

Em um Estadual que vive tempos desprestigiados, Corinthians e Palmeiras lembram a todos que o clássico pode ser mais importante do que todo um torneio.

"Na verdade, é um campeonato à parte", lembra o corintiano Tite. Pelo que fizeram nos últimos quatro meses, a afirmação faz sentido.

Desde o dia 6 de novembro, um domingo, quando ambos saíram derrotados na 33ª rodada do Campeonato Brasileiro, o Corinthians só perdeu um jogo oficial: contra o Santos, quando entrou em campo sem alguns titulares.

Já o Palmeiras defende marca ainda mais notória, pois não perde há 21 jogos, uma das maiores séries invictas de toda a sua história.

E invicto, neste período, só mesmo o Palmeiras; o Cruzeiro também perdeu só um jogo, mas fez apenas 12 partidas, contra 23 do Corinthians.

"Todos dizem que eu posso ficar vários jogos sem marcar, mas que tenho que fazer gol contra o Corinthians", disse o argentino Barcos, que virou ídolo em pouco tempo e, mais rapidamente ainda, aprendeu que palmeirenses e corintianos não se bicam.

Barcos provavelmente soube que, nos duelos do ano passado, houve confusão envolvendo Valdivia, Chicão e Jorge Henrique. Durante toda a semana, os jogadores elogiaram uns aos outros e prometeram cordialidade.

Fruto de bons ventos que há tempos não batem nos dois times simultaneamente. Além disso, uma derrota provavelmente não significará o fim do mundo para quem quer que perca: o trabalho continuará normalmente.

"Estou tentando relembrar um duelo em que as duas equipes estavam em momentos tão bons como agora. Talvez este seja o melhor [clássico]", declarou Tite.

Até sexta, 24.500 ingressos haviam sido vendidos. O setor destinado aos palmeirenses estava esgotado. Vencer em Paulista, Libertadores ou Copa do Brasil é bom. Bater o arquirrival é melhor ainda.

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