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Andres vê Ronaldo no fim da fila

CBF
Diretor afirma que há mais gente à frente de ex-jogador na disputa pela presidência

EDUARDO OHATA
DO PAINEL FC

Diretor de seleções da CBF, Andres Sanchez afirmou ontem à Folha que existem pessoas "à frente" de Ronaldo para assumir a CBF e que é necessário repensar o modelo do futebol brasileiro.

Folha - Ronaldo afirmou que gostaria de concorrer à presidência da CBF depois da Copa do Mundo. O que acha disso?
Andres Sanchez - É um direito, mas acho que tem gente na frente dele. Acho que primeiro é preciso solucionar os problemas de jogadores, clubes, da CBF. Pela experiência que ele tem de Europa, seria um grande dirigente.

Quem estaria à frente dele?
Tem muita gente na frente dele. Só não sei quem são.

Gostaria de se candidatar?
Não. Tem gente na minha frente, e não tenho essa pretensão. Quero cumprir minha missão e ir até a Copa muito bem. Depois, vejo o que faço.

Mas você não disse que em alguns meses decidiria se ficará ou deixará o cargo?
Isso é mentira. Tenho uma missão, que o Ricardo [Teixeira] me deu e o [José Maria] Marin ratificou. Vou procurar cumprir da melhor maneira.

O que achou da cessão da Copa América-15 ao Chile?
Não só acho a Copa América importante, mas acho que não podemos abrir mão. Vou me inteirar amanhã na CBF.

Você disse que a convocação para 21 jogos da seleção -o que pode acontecer se o Brasil chegar à final da Copa América- pune atletas e clubes. Qual seria o número ideal?
O ideal é o número de datas Fifa. Não pode ultrapassar muito esse número. Infelizmente, pelo nosso calendário, às vezes é preciso haver exceções. É hora de união entre os clubes, as federações e a CBF para discutir o que queremos para depois da Copa-14. Temos que sentar à mesa para estudar como diminuir o prejuízo. Mas não agora, até por ter uma Copa das Confederações no ano que vem e um Mundial posteriormente. Mas algumas coisas precisam ser repensadas.

A tendência é a seleção enfrentar cada vez mais adversários de mesmo nível?
O que você tem que entender é que nem sempre querem jogar contra o Brasil. Você acha que a Espanha quer jogar com o Brasil? A Alemanha? Não é só a gente, o outro lado tem que querer. Estamos procurando adversários mais fortes, de primeira linha, mas infelizmente nem sempre eles querem jogar conosco. Vai ter fraco, forte e médio. Mas a tendência é de melhora.

Você acha que o Marin cumprirá até o fim o seu mandato?
O que eu puder fazer para ele ir até o fim, vou fazer.

O que você achou da morte do torcedor palmeirense?
É triste. Infelizmente são animais [os torcedores que brigam]. Fico triste. Isso machuca muito não só o futebol, mas o povo brasileiro. Por causa de um jogo morrer um cidadão. Acho um absurdo.

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