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Rodrigo Bueno

Road to Munich

Há um mais que respeitável Bayern no caminho da final entre Barça e Real

SE É BAYERN, é bom? Não necessariamente. O de agora é ótimo, por exemplo. Pode parecer oportunismo (e é em boa parte) e que estou querendo contar vantagem, mas tenho dito faz algum tempo aos amigos por aí que, se há uma pedra mesmo no caminho de Barcelona e Real Madrid nesta Champions League, essa atende pelo nome de Bayern.

O fato de a decisão ser em Munique, algo já definido há séculos, dá só um molho especial na situação toda e ajuda a tirar um pouco mais o favoritismo cavalar do tal Barça de Messi -pior que isso, só se a final fosse contra o Real, no Santiago Bernabéu, algo que era esperado em 2010, mas Bayern e José Mourinho não deixaram.

O Bayern chegou à semifinal continental sem sustos e manteve-se bem vivo nas disputas domésticas, a Bundesliga (está a três pontos do líder) e a Copa da Alemanha (faz a final em Berlim no dia 12 de maio). O que dirão os críticos se o gigante da Baviera superar o Borussia Dortmund nos dois torneios caseiros e dobrar Real e Barça na Copa dos Campeões? "É a boa fase do futebol alemão, com uma seleção bacana e vistosa, com uma liga recordista em público, com uma estrutura maravilhosa...", concluirá alguém.

"O Bayern tem tanta tradição e camisa quanto o Barça e não fica atrás do time catalão em qualidade, pois tem Robben, Schweinsteiger, Ribéry, Thomas Müller, Lahm, Neuer...", sentenciará outro.

"O Mario Gomez vive fase artilheira que se aproxima da do Messi, está iluminado, pode balançar as redes a qualquer hora e de qualquer jeito, até de fora da área", garantirá um terceiro.

"Os times ingleses são só para lavar dinheiro, o Calcio está decadente, Barça e Real não têm adversários de verdade na Espanha", atestará alguma outra cabeça pensante.

"O Bayern também sabe ficar com a posse da bola (56%), chuta a gol quase tanto quanto o Barça (7,7 vezes no alvo por partida) e marca firme (14,8 faltas por jogo)", calculará aquele.

"Os alemães são frios e mestres em aprontar surpresas contra algumas das mais brilhantes equipes: venceram a Hungria de 1954 e derrotaram em casa, em 1974, o Carrossel Holandês, que, aliás, se parece muito com este Barça de agora", finalizará algum gênio.

Jupp Heynckes, o técnico do Bayern, diz que "os dois espanhóis são talvez, não certamente, um pouco superiores a nós", mas que "em dois jogos, pode-se superar até o Real Madrid". Ele tem absoluta certeza sobre a segunda sentença. Sobre a primeira, não. Isso já diz muito sobre o que pode acontecer nessa curtíssima caminhada até Munique.

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