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Com medo, times querem prova adiada

F-1
Violência no Bahrein, que tem corrida no dia 22, assusta pilotos

Hamad I Mohammed - 5.abr.12/Reuters
Pichação em Manama pede boicote à prova de F-1 no Bahrein
Pichação em Manama pede boicote à prova de F-1 no Bahrein

DE SÃO PAULO

As equipes da F-1 querem que o GP do Bahrein seja cancelado, ou pelo menos adiado, em razão da crescente onda de violência e protestos contra o governo local.

A prova, disputada no circuito de Sakhir, está prevista para o próximo dia 22, uma semana depois da etapa de Xangai, neste domingo.

Um dos líderes do grupo das 12 principais escuderias da categoria, que não quis se identificar, afirmou que pilotos e equipes se sentem inseguros em ir ao Bahrein.

O país vive uma revolta popular desde fevereiro do ano passado. E a situação ficou mais tensa nas últimas semanas, com a aproximação da data da corrida.

Na última sexta-feira, mais de 5.000 pessoas entraram em confronto com a polícia nas ruas de Manama, a capital bareinita, pedindo a libertação do ativista Abdulhadi Al Khawaja, preso por participar das revoltas.

Há mais de 60 dias, Al Khawaja entrou em greve de fome. Organizações não governamentais acusam as autoridades locais de violação dos direitos humanos.

No ano passado, o GP do Bahrein passou pelos mesmos problemas. A data da corrida foi adiada repetidas vezes até a prova acabar sendo cancelada em razão da violência.

Bernie Ecclestone, chefe da F-1, insistiu que a nova onda de ataques populares no país não faria com que a corrida fosse postergada.

A imprensa inglesa dá amplo destaque às revoltas e à possibilidade de tragédia no final de semana da prova.

"Acho que este não é o momento ideal para ir ao Bahrein, quando a situação está esquentando por lá", opinou o ex-campeão mundial Damon Hill à BBC.

O governo bareinita ofereceu garantias de que a F-1 não será atingida pelas revoltas populares.

Segundo Zayed Alzayani, diretor do circuito, a realização da prova contribui diretamente em US$ 220 milhões (R$ 400 milhões) para a economia do país.

"Não sei por que estamos partindo para o debate político da corrida. Eventos esportivos são eventos sociais, e gostaríamos que a prova permanecesse assim", declarou Alzayani.

Com as agências de notícias

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