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Após erro oficial, Vasco teme escalar atletas

ESTADUAL DO RIO
Funcionário acrescenta, e depois rasura, expulsão de jogadores em súmula

MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

Uma trapalhada de um funcionário da Ferj (Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro), segundo a entidade, fez com que parte da súmula da partida do último domingo entre Vasco e Flamengo, pelo Estadual do Rio, fosse rasurada.

A confusão sobre a não expulsão de cinco vascaínos levará o clube, por precaução, a evitar escalá-los ante o Nova Iguaçu, no domingo. O jogo define a classificação à semifinal da Taça Rio, segundo turno do torneio. O time disputa as duas vagas do grupo com Fluminense e Bangu.

A alteração feita com uma tinta corretiva induziu a pensar que decisão do árbitro Wagner dos Santos Rosa fora modificada. Segundo a Ferj, a rasura foi feita para corrigir erro do funcionário que acrescentou um V -de cartão vermelho- à frente do nome dos vascaínos. Em outra parte da súmula, o árbitro escreveu que não os expulsou.

CONTROLE

É praxe na Ferj que a última parte do documento, que apresenta as escalações digitadas e que é passada ao quarto árbitro pelos clubes, seja usada para controle da federação sobre advertências e substituições das partidas.

Na maioria da vezes, são colocadas na frente do nome do jogador as letras A -amarelo-, V ou E, que representa "entrou no jogo", para os suplentes. Isso é feito sempre por um funcionário do Departamento de Competições e nunca pelo juiz, disse a Ferj.

Na súmula do clássico, Rosa relatou que houve tentativa de agressão e ofensas verbais de cinco jogadores do Vasco após a vitória do Flamengo por 2 a 1, mas que não os expulsou porque "naquele momento poderia gerar tumulto generalizado com consequências maiores".

Mesmo assim, o funcionário colocou a letra V nos nomes de Diego Souza, Fágner, Eduardo Costa, Rodolfo e Fellipe Bastos e publicou o documento, com informação conflitante, no site da Ferj. Pela regra, a caracterização da expulsão é feita ao mostrar o cartão vermelho ou comunicar o capitão do time da decisão. Rosa não fez isso.

"O departamento de futebol está orientado a não escalar os jogadores para evitar problemas", disse à Folha Aníbal Rouxinol, vice-presidente jurídico do Vasco.

Ele desconhecia que não era o árbitro quem colocava as letras na frente dos nomes.

Diego Souza e Fágner já cumpririam suspensão automática por causa do terceiro cartão amarelo recebido.

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