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Blatter indica que irá falar ao Congresso

2014
Senado confirma presença de cartola; Fifa ainda quer acertar data

JÚLIA BORBA
DE SÃO PAULO

O presidente da Fifa, Joseph Blatter, indicou que deve ir ao Congresso para audiência pública sobre a Lei Geral da Copa-2014. Sua presença é requisitada por parlamentares, mas não há uma data para essa possível visita.

Ao receber carta do dirigente, o presidente da Comissão de Educação, Cultura e Esporte do Senado Roberto Requião (PMDB) afirmou que ele aceitara o convite para falar no órgão legislativo.

Em nota, a Fifa afirmou que Blatter ainda retornará ao senador em relação a "possíveis datas para encontrar com membros das três comissões encarregadas da elaboração da Lei da Copa-2014."

"Mas, neste momento, nenhuma visita do presidente da Fifa foi marcada", disse a assessoria da entidade.

Na semana passada, a Fifa chegou a anunciar que o presidente seria representado pelo seu secretário-geral, Jérôme Valcke. Mas os senadores não aceitaram por conta da declaração do cartola de que o Brasil deveria levar um "chute no traseiro" para acelerar obras do Mundial.

Com a possível vinda de Blatter, o projeto da Lei da Copa terá votação adiada por tempo indeterminado e só será feita após a audiência.

O ministro Aldo Rebelo tentou minimizar a polêmica sobre Valcke. "Mas não vamos fazer disso uma indústria. Ele já se retratou, já houve pedido de desculpas."

Rebelo também afirmou que o andamento das obras não é motivo de preocupação. "Podemos ter impressão de atraso, mas o Brasil sempre cumpre o combinado. Os atrasos são desprezíveis."

No Seminário de Turismo e Negócios, o diretor de marketing da Fifa para 2014, Jay Neuhaus, disse confiar que os estádios serão entregues no prazo estipulado, segundo a assessoria do evento.

Mas dirigentes da Fifa na Suíça têm reclamado do andamento de obras.

INGRESSOS

Índios e beneficiários do Bolsa Família deverão ganhar ingressos para jogos da Copa. Segundo Rebelo, o acordo que permitirá as doações está em andamento com a Fifa e com os patrocinadores.

"Já foi feito um pedido formal, mas ainda não há números definidos. Não tem como elas pagarem. Tem de ser doação para essas faixas da população", afirmou o ministro.

O tema é negociado desde 2011 entre o governo brasileiro e a Fifa. Valcke já afirmou que a medida não coloca em risco a venda de ingressos.

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