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Ex-diretor da PF volta aos Jogos

RIO-16
Corrêa reassume segurança do evento após se livrar de acusação de superfaturamento

MARCO ANTÔNIO MARTINS
DO RIO

Sem alarde, o ex-diretor da Polícia Federal Luiz Fernando Corrêa voltou ao cargo de coordenador de segurança dos Jogos de 2016.

O delegado federal estava afastado havia pouco mais de um mês da função.

Ele havia pedido para deixar o cargo após o Ministério Público Federal acusá-lo de superfaturar a compra de equipamentos para os Jogos Pan-Americanos de 2007.

O juiz Antonio Cláudio Macedo Silva, da 8ª Vara Federal de Brasília, negou o pedido e arquivou o processo.

"A análise dos documentos revela não existir qualquer dado concreto, ou mesmo prova indiciária, que permita inferir sobre a efetiva existência das supostas fraudes relacionadas à execução do contrato", escreveu o juiz.

Livre das suspeitas, Corrêa acertou o retorno com o comitê organizador dos Jogos.

A primeira atividade pública neste retorno ao cargo foi a presença na LAAD, feira de segurança e defesa nacional.

O evento começou anteontem e acaba hoje no Riocentro, zona oeste do Rio.

Desde anteontem, o delegado assistiu a palestras, visitou estandes, conversou com empresários do setor e conheceu equipamentos que podem ser utilizados na segurança da Olimpíada.

Não quis falar sobre o retorno. Argumentou que precisaria de autorização do comitê para dar entrevistas.

Pessoas próximas a Corrêa contam que a ideia do delegado é recuperar o tempo perdido no planejamento.

Mesmo assim, ele considera que os poucos mais de 30 dias de afastamento não vão atrapalhar sua estratégia.

Durante os últimos dois meses, o delegado permaneceu em Brasília, onde mora, cuidando da sua defesa no processo que respondia na Justiça e na sindicância interna do Ministério da Justiça.

Foi inocentado em ambas.

No primeiro dia da feira de segurança, o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, deu um forte abraço de boas-vindas em Corrêa, que é homem de confiança do governo federal.

Sua presença dá força à PF na queda de braço com os ministérios da Defesa e da Justiça na segurança dos grandes eventos no país até 2016.

Mesmo com a Secretaria de Grandes Eventos na pasta da Justiça, a coordenação na Rio+20, que será realizada em junho no Rio, por exemplo, ficará com o Exército.

Com Corrêa, pelo menos, a Olimpíada terá a Polícia Federal à frente do processo. Como aconteceu com o Pan.

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