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Lúcio Ribeiro

Salve Jorge (Henrique)

Talvez JH23 vire um Basílio se tiver a Libertadores. No Timão, quem quer ser CR7 se pode ser Basílio?

Messi, Neymar, Jorge Henrique e Cristiano Ronaldo Algo fora de lugar nessa lista de supercraques? Se você pensar como pensa um bando de loucos, nem tanto. Para corintianos, no atual "estado de graça" do time campeão brasileiro, número um do Paulista e líder na Libertadores, o baixinho e marrento boleiro do Timão também é "o cara".

O "fator Jorge Henrique", ou JH23 como a Fiel diz em tom 50% exagero divertido e 50% orgulho, pode não botar o jogador no panteão dos fora de série. Mas sabemos como são os corintianos quando um jogador cai em suas graças Na semana passada, logo após o time não só vencer o Nacional no Paraguai como deixar encaminhado o primeiro lugar no Grupo 6 da Libertadores, uma foto de Jorge Henrique estampava o site corintiano.

Indicador para cima, cabelo moicano tentando entrar na "moda Neymar", sorriso (com aparelho nos dentes) seguro de quem tinha feito gol em jogo importante e uma até há pouco tempo improvável faixa de capitão em seu braço, a imagem de JH23 era a representação exata tanto da fase em que vive o Corinthians como da responsabilidade que tem o "patinho feio" no status quo alvinegro.

Ok, há "algumas diferenças" entre o novo xodó da Fiel e Messi, Neymar e o CR madrileno, admito para quem ainda não sabe se estou brincando ou sendo sério nas comparações. Enquanto o trio de ouro é endeusado por suas torcidas e bem admirado por outras, o camisa 23 do Timão é odiado por rivais, principalmente por palmeirenses. Quer maior motivo de orgulho para um corintiano?

Com amigos que são "Timão ê ô", fiz um levantamento do que representa hoje o JH23 ao time. O que deu? É um jogador "moderno", capaz de atuar com eficiência de ala, meia e atacante num mesmo jogo. Tem passe preciso, cobra bem faltas e faz gols. Quando está em campo, nenhum lateral adversário apoia o ataque. Ou, se apoia, lá está JH23 para marcá-lo. Raçudo, tem a "cara da Libertadores", o que digamos é o que o corintiano mais quer. Cresce em jogo decisivo. Mostra a mesma vontade num amistoso ante o "Pirapora" ou numa final com o Santos. Provocador, geralmente amarela a defesa rival e sempre "expulsa" alguém em clássicos.

"Nossa, falando assim, parece que estou me referindo ao Cristiano Ronaldo", brincou um dos corintianos "pesquisados".

Indo além, talvez JH23 vire um Basílio se, vai que, der a Libertadores ao Corinthians. Se pensar que o Basílio foi um jogador normal e conquistou um status de Sócrates (e maior que Rivellino e Tevez), é outra comparação torta, mas possível. E, no Timão, quem quer ser CR7 se pode ser Basílio?

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