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Como se fosse final À beira de nova crise, Palmeiras, pior grande da primeira fase, entra em clima de decisão e enfrenta tensão e desconfiança em Campinas por semifinal RAFAEL REISDE SÃO PAULO Cair nas quartas de final do Paulista não seria uma tragédia para Santos e Corinthians, que têm a Libertadores como prioridade do ano. Também dificilmente derrubaria um São Paulo que pode se apegar ao bom futebol que tem apresentado sob a batuta de Emerson Leão. Mas, no Palmeiras, seria como jogar um fósforo aceso em gasolina. É para evitar que a tensão acumulada em quase dois anos de trabalho de Luiz Felipe Scolari -dois anos de resultados ruins- e intensificada pela queda de rendimento do último mês, que o time busca hoje à noite, contra o Guarani, em Campinas, a classificação para as semifinais do Paulista. Quem vencer o jogo, avança no Estadual. Se houver empate após 90 minutos, a vaga será decidida nos pênaltis, regra que vale para os outros jogos das quartas de final. O Palmeiras é o único dos quatro grandes do Estado que fará o confronto das quartas fora de casa. Resultado da modesta quinta colocação em que fechou a primeira fase. Isso depois de emendar 22 jogos consecutivos sem perder, brigar pela liderança do Estadual e empolgar uma torcida que se convenceu de que 2012 seria um ano melhor. Mas a queda por 2 a 1 para o Corinthians, no fim de março, mudou tudo. De lá para cá, foram quatro jogos pelo Paulista, com só uma vitória. O fim da invencibilidade fez reaparecer velhas feridas mal cicatrizadas. Problemas de relacionamento entre dirigentes, ameaças de Scolari a jornalistas e o descontentamento com o treinador. A insatisfação com o técnico é quase uma unanimidade na diretoria palmeirense. Afinal, o ex-comandante do Chelsea e da seleção brasileira tem o maior salário de treinador no país e, em quase dois anos, não levou o Palmeiras à Libertadores e nem além da semi do Paulista. Uma eventual eliminação ante o Guarani pode ser o estopim para a troca de técnico que todos cogitam, mas ninguém admite publicamente. "Não estamos em crise e nem vamos ficar. Esses últimos jogos a gente vai apagar", afirmou, com confiança, o zagueiro Henrique. E o clube armou uma preparação especial para o confronto de hoje, como se fosse a final de um campeonato. Scolari só permitiu a presença de jornalistas em três treinos na última semana. Também antecipou a concentração e levou o elenco para um retiro em Atibaia. E apelou para velhos aliados: o mistério e as surpresas. O atacante Maikon Leite, que não fez treinos normais devido a lesão no joelho esquerdo, vai para a "decisão". Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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