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Após quatro anos, Lais volta a representar o país no exterior

Zé Carlos Barretta/Folhapress

Lais Souza treina no ginásio de São Bernardo, no ABC

Lais Souza voltou a vestir um agasalho da seleção fora do país. Postou até foto em uma rede social, diretamente de Osijek, na Croácia, onde disputa, de hoje a domingo, etapa da Copa do Mundo.

A última vez em que a ginasta competiu no exterior representando o Brasil foi nos Jogos de Pequim, em 2008.

As grandes mudanças nestes anos, segundo ela, são o corpo e a cabeça de mulher.

"É um 'bem-vinda à vida adulta', sabe?", resume, aos 23 anos e duas Olimpíadas. Ela retornou à seleção como convidada apenas dois meses depois de voltar a treinar. Agora, pode ir à Olimpíada.

"Estou satisfeita e feliz. O que ela pode fazer é muito mais do que gente que está na seleção. A Lais muda um pouco o cenário, e a disputa interna fica maior", explica a coordenadora da seleção feminina, Georgette Vidor.

"Não vou desistir até o último dia", declara Lais.

Para Georgette, ela precisa provar que consegue competir no solo, no salto e nas paralelas, além de manter o ritmo nos treinos e emagrecer para estar em Londres-12.

A balança, aliás, também mensurou o crescimento de Lais nestes quatro anos afastada das competições.

"Eu era bem magrelinha, mudei", lembra. Em 2008, ela acredita que tinha quatro quilos e quatro centímetros a menos. Hoje diz estar com 1,57 m e 50 kg (chegou a 56 kg).

"Virei uma pessoa normal. Não me sinto mal. Quando vou para barzinho com amigos, me sinto magra. Mas, no meio das meninas, todas magrinhas, quero perder aqui, ali. Collant engorda."

Desde Atenas-2004, foram sete cirurgias, sete pinos e uma placa no joelho direito. Os dois tornozelos e o quadril também já foram operados.

"Treino desde os seis, desde os 12 com a seleção permanente. Agora está tudo ao contrário. Moro sozinha, tenho carro, tranquei a faculdade [educação física] e namoro. Ou seja, tudo o que eu não fazia antes", conclui.