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Tostão

Se perder, cai

A seleção olímpica, por ser quase do mesmo nível da principal, é uma das favoritas

A SELEÇÃO principal, tão contestada por ter poucos craques e por não ter ainda um time, um conjunto, é, paradoxalmente, uma das grandes favoritas para ganhar a medalha de ouro na Olimpíada.

Isso ocorre porque, diferentemente de outras seleções, o time olímpico brasileiro será quase do mesmo nível que o principal. Na Europa, por causa da contratação de estrangeiros, são raros os jovens abaixo de 23 anos que são destaques das melhores equipes. Nem sei se os europeus vão levar os três melhores com idade acima de 23 anos.

A Argentina não estará na Olimpíada. Fora os três acima da idade permitida, o time olímpico uruguaio não terá um único titular da seleção principal. Algum africano, como sempre, deve disputar o título.

A Argentina, bicampeã olímpica, tinha situações parecidas com as do Brasil atual. Na última Olimpíada, com Messi, Di Maria, Agüero e outros, os argentinos ganharam com facilidade do time brasileiro.

Do meio para frente, os prováveis quatro titulares da seleção olímpica, Neymar, Ganso, Lucas e Leandro Damião ou Pato, serão os prováveis titulares na Copa. Neymar é certo. Há vários volantes com idade olímpica, como Casemiro, Fernando, Rômulo e Sandro, que estão no nível dos que têm sido escalados por Mano Menezes no time principal.

Como o Brasil vai levar os três acima de 23 anos -Thiago Silva é certo-, o time será quase igual ao principal. Os outros dois podem ser um goleiro (Júlio César ou Diego Alves), um zagueiro (Dedé ou Luisão ou David Luís) ou um ou dois laterais (Daniel Alves e Marcelo).

A Olimpíada vai escalar a equipe principal. Se o Brasil ganhar a medalha de ouro, os jovens ganharão confiança e serão os preferidos para a Copa. Se o Brasil perder, aumentarão os pedidos para a volta de jogadores da última Copa, como Kaká, Robinho e Luís Fabiano.

Se o Brasil vencer, haverá também riscos, o do oba-oba. Muitos dirão que o Brasil voltou a ser o melhor do mundo e que é o favorito para a Copa de 2014. Esquecem que os adversários da seleção olímpica não têm nada a ver com suas seleções principais.

Deduzo, pelas entrevistas do presidente da CBF, José Maria Marín, e do diretor de seleções, Andres Sanches, que, se o Brasil não ganhar a medalha de ouro, sai Mano Menezes. Deve entrar Felipão, apesar das más campanhas do Palmeiras. Aí volta a família Scolari e tudo que todos conhecem.

A coluna voltará a ser publicada no dia 16 de maio, quarta-feira. Até lá.

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