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Fórmula sem emoção

Só relargada e Bia animam torcida na corrida da Indy no sambódromo

Eduardo Anizelli/Folhapress
No pódio em SP, pilotos tentam em vão abrir as garrafas
No pódio em SP, pilotos tentam em vão abrir as garrafas

DANIEL BRITO
LUIZ COSENZO
TATIANA CUNHA
DE SÃO PAULO

Sem os problemas de infraestrutura de 2010 e a tempestade que adiou a corrida do ano passado, a terceira edição da etapa brasileira da Indy, disputada ontem, no Anhembi, esbarrou no maior problema da categoria americana: a emoção fabricada.

Sem grandes disputas por colocações no circuito armado entre a marginal Tietê e o sambódromo, os momentos de maior empolgação foram as relargadas: cinco no total.

Com os quatro pilotos brasileiros longe da disputa pela vitória, nas arquibancadas, os 33.852 torcedores presentes chegaram a fazer coro pedindo bandeiras amarelas.

E, ao final das 75 voltas, a vitória ficou com o australiano Will Power, da Penske, o único vencedor nas três edições da corrida paulistana.

"Eu amo São Paulo, amo correr no Brasil", festejou o ganhador após sofrer para destampar a garrafa de cerveja que recebeu ao subir no pódio ao lado de Ryan Hunter-Reay, o segundo, e Takuma Sato, o terceiro colocado.

"No início, a pista ainda estava um pouco úmida pela chuva da manhã, mas logo secou. Foi a melhor coisa para mim", disse Power.

Saindo da pole pelo segundo ano consecutivo, o australiano se manteve na frente na largada e, com uma estratégia de duas paradas, só perdeu a liderança durante as janelas de pit stops. Das 75 voltas, esteve em primeiro em 63. Mas nem por isso disse ter tido vida fácil durante a prova.

"Sabia que não podia errar e tinha que manter toda a atenção durante as relargadas, porque qualquer descuido podia me custar o lugar."

A primeira bandeira amarela, para a alegria da torcida no Anhembi, aconteceu na 23ª volta, após uma batida de Ryan Briscoe na Curva 10. Quatro voltas depois, novo acidente, nova relargada.

Mesmo tendo de economizar combustível para fazer a estratégia de dois pits dar certo, Power mantinha a ponta.

Na 30ª volta, uma batida entre seis carros no pelotão de trás forçou a terceira bandeira amarela. Pouco depois da nova largada, os brasileiros chegaram a ficar entre os dez primeiros, mas a festa dos torcedores, que se empolgavam mais com as manobras de Bia Figueiredo do que com a presença de Rubens Barrichello, não durou muito.

Após 30 giros sem incidentes, o "rookie" Josef Newgarden bateu na Curva 6 ao mesmo tempo em que Bia tocava o carro de Ed Carpenter. Na nova relargada, a piloto da Andretti acabou se envolvendo em um engavetamento com outros sete carros, incluindo o de Tony Kanaan.

"Ficamos esperando pela tempestade para ter uma chance com o Will, mas ela não veio. Tentei tudo que podia, mas não foi o suficiente", resignou-se Hunter-Reay.

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