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Federação coloca final no Morumbi

PAULISTA
Santos e Guarani já haviam combinado jogos em casa, mas aceitaram decisão da entidade

MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

A FPF (Federação Paulista de Futebol) usou o artigo 5° do regulamento do Campeonato Paulista, que concede à entidade o mando de campo das finais, e definiu que os dois jogos decisivos entre Santos e Guarani serão no Morumbi, em 6 e 13 de maio.

O principal argumento usado pelo presidente Marco Del Nero na reunião com os clubes foi que o "maior Estadual do país precisa da maior decisão", referindo-se à maior capacidade de público do estádio são-paulino.

Mas pesou também a recente reaproximação da FPF com o São Paulo, dono do Morumbi. O campo não é palco de uma decisão estadual desde 2007, quando o Santos venceu o São Caetano.

Desde 2008, por iniciativa do Corinthians referendada pela FPF, os grandes deixaram de disputar clássicos como mandantes na arena. O clube alvinegro e a federação tiveram problemas com o são-paulino Juvenal Juvêncio.

Reatados, ontem pela manhã Del Nero telefonou para o presidente do São Paulo perguntando se o Morumbi poderia ser usado nas finais.

Com o sim, o aluguel foi fixado em 12% da renda bruta, o que deve render total de R$ 720 mil ao São Paulo se todos os ingressos (62 mil por partida) forem vendidos.

Santos e Guarani foram surpreendidos na reunião porque, segundo a Folha apurou, as diretorias acertaram anteontem, por telefone, os jogos nos seus estádios.

As rendas seriam do mandante, com cerca de 3.500 ingressos para os visitantes.

O presidente santista, Luiz Álvaro de Oliveira Ribeiro, pediu a Vila Belmiro como palco do segundo jogo, mas acatou e até defendeu a decisão.

O presidente do Guarani, Marcelo Mingone, foi contra e deixou a sede da FPF abatido depois de participar, constrangido, de entrevista ao lado de Ribeiro e Del Nero.

"Estou triste", disse. O Guarani não disputa uma final de primeira divisão há 24 anos, e ele havia prometido a sua torcida que a primeira partida seria em Campinas.

Na reunião, Del Nero criticou o público de pouco mais de 15 mil torcedores no Brinco de Ouro na semifinal contra a Ponte Preta. Achou pouco. A média do Guarani em casa é de 6.765 pagantes, atrás só dos grandes.

"Não há imposição. Foram dados argumentos, e os presidentes entenderam", disse Del Nero, que citou a comodidade e a maior renda.

O valor será dividido, e os clubes devem faturar cerca de R$ 1 milhão por jogo.

Colaborou EDUARDO OHATA, do Painel FC

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