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Abertura do estádio dos Jogos tem filas e 'aplaudidor' que promete se tornar hit

MARCEL MERGUIZO
ENVIADO ESPECIAL A LONDRES

Quando o Big Ben marcou 21h47 no último sábado, Niamh Clarke-Willis, 9, inaugurou oficialmente o Estádio Olímpico de Londres.

Para os organizadores, faltavam exatamente 2.012 horas para a abertura da Olimpíada. Para ser menos preciso, 83 dias até 27 de julho.

Para os britânicos, reconhecidos pela pontualidade, e para a cidade, famosa por ter um relógio como símbolo, era a chance de testar o estádio que custou 500 milhões de libras (R$ 1,5 bilhão).

A contagem regressiva foi iniciada pelo apresentador de TV Vernon Kay, que anunciou que "Londres-2012 está aberta para os trabalhos". Ou para negócios, o que foi feito por quem vendia um copo de cerveja (R$ 13), vinho (R$ 15) ou um sanduíche (R$ 10).

O público de 40 mil pessoas acompanhou um evento com entretenimento (brincadeiras com britânicos famosos) e atletismo (campeonato universitário do país).

Foi um grande negócio também para o maior e mais novo shopping da cidade, o Westfiled, por onde se entra e sai da estação Stratford, bairro que abriga as principais instalações olímpicas. Espera-se que 70% do espectadores das disputas olímpicas passem pelo shopping.

Para o público, a contagem regressiva ontem foi para entrar no evento. Às 18h45, as filas em 12 tendas de acesso ao estádio atingiram o centro aquático, 30 minutos antes.

Esperar, porém, não foi um exercício praticado por todo o público, que começou a deixar a arena quase uma hora antes do fim da festa, depois dos sorteios de prêmios dos patrocinadores da noite. Houve lotação no metrô às 22h.

Uma das empresas distribuiu brindes logo na chegada à arena. Surgia a "vuvuzela" de Londres: o "clapper".

O aplauso falso produzido pelo pedaço de papelão dobrado várias vezes como sanfona animou o estádio. Foi usado para aplaudir atletas e acompanhar o ritmo das músicas tocadas no gramado.

O "clapper" fez grande sucesso e deve ser mantido para a Olimpíada, apesar de muitas crianças terem usado o "aplaudidor" para bater em si mesmas e nos outros.

"Dizemos que o clima precisa ser o melhor que puder ser", disse o presidente do comitê organizador, Sebastian Coe. "Não podemos controlar tudo", afirmou Coe.

O campeão olímpico ouviu vaias apenas quando o mestre de cerimônias da noite lembrou que ele é torcedor do Chelsea. Não dá para controlar tudo, nem todos.

O jornalista MARCEL MERGUIZO viaja a convite da Omega

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