Índice geral Esporte
Esporte
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros

Ingressos encalham nas decisões

ESTADUAIS
Em média, 28,5% dos bilhetes não foram vendidos nos jogos do último domingo

MARTÍN FERNANDEZ
RODRIGO MATTOS
DE SÃO PAULO

Mais de um quarto das arquibancadas ficaram vazias nas decisões dos dez campeonatos estaduais mais importantes do Brasil -os nove que têm representantes da Série A do Brasileiro e o Ceará.

Segundo cálculo feito pela Folha com base em informações das federações, o encalhe médio de ingressos no domingo foi de 28,5%.

E a tendência é de queda. A presença de público nos quatro principais torneios estaduais (São Paulo, Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) caiu muito nas três últimas decisões de título.

Em 2010, o total de público no primeiro jogo das quatro decisões foi de 136.611 pagantes -média de 34 mil.

No ano seguinte, esse número caiu quase 20%, com um total de 109.912 pessoas.

Neste ano, outra queda, de 18,36%, com 89.731 pagantes.

O cálculo considera apenas o primeiro jogo de cada decisão. Há dois anos, como agora, havia pequenos na final: o Ipatinga em Minas e o Santo André em São Paulo.

As obras para a Copa também não servem mais de desculpa: as últimas disputas em Minas foram em Ipatinga, Sete Lagoas e no Independência. Ou seja, a comparação não é mais com o Mineirão.

Em São Paulo, os jogos de 2010 e 2011 foram no Pacaembu. Anteontem, no Morumbi.

Goiás e Atlético-GO não conseguiram lotar nem 50% do estádio Serra Dourada.

Bahia e Santa Catarina são as exceções: os espaços vazios no último domingo ficaram abaixo de 10% do total de ingressos vendidos.

JUSTIFICATIVAS

Em Minas, nem a ausência do Mineirão (em reforma para a Copa-14) pode ser citada, já que o público não conseguiu sequer encher o Independência -23 mil lugares.

"A eliminação do Atlético-MG na Copa do Brasil influenciou", disse o presidente da federação local, Paulo Schettino. "No próximo domingo, o estádio vai encher."

No Rio Grande do Sul, a final não teve o tradicional clássico Gre-Nal. O "intruso" Caxias tirou o Grêmio e hospedou a primeira partida da final contra o Inter.

Mas nem assim conseguiu encher o estádio Francisco Stédile: 12.042 pessoas pagaram para ver o 1 a 1.

"Somos uma cidade industrial, e aqui os trabalhadores recebem o salário hoje [ontem], portanto depois do jogo", lamentou o presidente do Caxias, Osvaldo Voges.

Outros dirigentes lamentaram o fato de a TV aberta transmitir as finais para as cidades onde elas ocorrem.

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.