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Ingressos encalham nas decisões
ESTADUAIS RODRIGO MATTOS DE SÃO PAULO Mais de um quarto das arquibancadas ficaram vazias nas decisões dos dez campeonatos estaduais mais importantes do Brasil -os nove que têm representantes da Série A do Brasileiro e o Ceará. Segundo cálculo feito pela Folha com base em informações das federações, o encalhe médio de ingressos no domingo foi de 28,5%. E a tendência é de queda. A presença de público nos quatro principais torneios estaduais (São Paulo, Rio, Minas Gerais e Rio Grande do Sul) caiu muito nas três últimas decisões de título. Em 2010, o total de público no primeiro jogo das quatro decisões foi de 136.611 pagantes -média de 34 mil. No ano seguinte, esse número caiu quase 20%, com um total de 109.912 pessoas. Neste ano, outra queda, de 18,36%, com 89.731 pagantes. O cálculo considera apenas o primeiro jogo de cada decisão. Há dois anos, como agora, havia pequenos na final: o Ipatinga em Minas e o Santo André em São Paulo. As obras para a Copa também não servem mais de desculpa: as últimas disputas em Minas foram em Ipatinga, Sete Lagoas e no Independência. Ou seja, a comparação não é mais com o Mineirão. Em São Paulo, os jogos de 2010 e 2011 foram no Pacaembu. Anteontem, no Morumbi. Goiás e Atlético-GO não conseguiram lotar nem 50% do estádio Serra Dourada. Bahia e Santa Catarina são as exceções: os espaços vazios no último domingo ficaram abaixo de 10% do total de ingressos vendidos. JUSTIFICATIVAS Em Minas, nem a ausência do Mineirão (em reforma para a Copa-14) pode ser citada, já que o público não conseguiu sequer encher o Independência -23 mil lugares. "A eliminação do Atlético-MG na Copa do Brasil influenciou", disse o presidente da federação local, Paulo Schettino. "No próximo domingo, o estádio vai encher." No Rio Grande do Sul, a final não teve o tradicional clássico Gre-Nal. O "intruso" Caxias tirou o Grêmio e hospedou a primeira partida da final contra o Inter. Mas nem assim conseguiu encher o estádio Francisco Stédile: 12.042 pessoas pagaram para ver o 1 a 1. "Somos uma cidade industrial, e aqui os trabalhadores recebem o salário hoje [ontem], portanto depois do jogo", lamentou o presidente do Caxias, Osvaldo Voges. Outros dirigentes lamentaram o fato de a TV aberta transmitir as finais para as cidades onde elas ocorrem. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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