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Fogo

Venezuelano da Williams vence pela 1ª vez, mas equipe enfrenta incêndio em F-1 cada vez mais improvável

TATIANA CUNHA
ENVIADA ESPECIAL A BARCELONA

GP da Espanha

1º P. Maldonado 1h39min09s145

2º F. Alonso a 3s195

3º K. Raikkonen a 3s884

Em pouco mais de uma hora, a Williams foi do céu ao inferno no circuito de Montmeló, em Barcelona.

Depois da vitória excepcional de Pastor Maldonado no GP da Espanha, a primeira do time desde o triunfo de Juan Pablo Montoya no GP Brasil de 2004, uma explosão na garagem da equipe levou 31 pessoas para o centro médico do circuito, das quais sete foram levadas a hospitais da região. E acabou na mesma hora com a festa que fazia a equipe.

Segundo a Williams, a explosão aconteceu na área em que estava o combustível e ocorreu quando o time estava reunido na garagem para fazer a foto em comemoração à vitória de Maldonado.

Mecânicos da Williams, da Force India e da Caterham usaram extintores para apagar o foto. Houve correria. Até Bruno Senna ajudou a conter o incêndio, que imediatamente cobriu o paddock com fumaça preta e cheiro forte.

Familiares do piloto venezuelano tomavam champanhe no motorhome quando Maldonado chegou correndo após o incidente, desesperado por notícias da namorada, Gabriela, que pouco antes havia saído correndo com o troféu do vencedor nas mãos.

Bastante nervosos, membros da Williams corriam com garrafas de água para levar aos companheiros que estavam na garagem contabilizando o estrago. O carro de Bruno, que abandonou o GP na 12ª volta, ficou coberto pelo pó químico dos extintores.

O susto, no entanto, não tirou o brilho da vitória histórica de Maldonado ontem. Quarto piloto venezuelano a chegar à F-1, ele se tornou o primeiro a ganhar um GP. Foi ainda o responsável por levar a Williams ao pódio pela primeira vez desde a segunda posição de Nico Rosberg no GP de Cingapura de 2008.

"Tenho certeza de que vai ter muita festa hoje [ontem] na Venezuela e estou muito contente que o meu primeiro pódio na F-1 tenha sido uma vitória", disse Maldonado, que é apadrinhado pelo presidente do país, Hugo Chávez, e se tornou o quinto piloto diferente a vencer uma prova em cinco etapas disputadas.

Para vencer em Barcelona, porém, Maldonado não teve vida fácil, apesar de ter saído na pole. Já na primeira curva, foi superado por Fernando Alonso, o segundo no grid.

Mas, com um bom ritmo de corrida, não deixou o ferrarista abrir muita vantagem na liderança. E a mudança de estratégia da Williams, que adiantou seu segundo pit stop em duas voltas, colocou-o na frente de Alonso.

A partir daí, foi uma questão de não cometer erros e de administrar a liderança.

"Surpreendemos a Ferrari na estratégia e, apesar de um pequeno problema na minha última parada, que me custou alguns segundos, estivemos no controle na maior parte do tempo", disse Maldonado, que começa a vislumbrar entrar na disputa pelo título por causa dos altos e baixos dos times nesta temporada.

O venezuelano é o nono colocado no Mundial e está 32 pontos atrás do líder, Sebastian Vettel, da Red Bull, que soma 61 pontos e foi o sexto lugar da prova de ontem.

Segundo colocado em Barcelona, Alonso tem os mesmos 61 pontos, mas perde para Vettel no critério de desempate. Kimi Raikkonen, da Lotus, completou o pódio.

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