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Yo soy Neymar Atacante encara o primeiro clube argentino da vida e volta ao país em que fracassou para mostrar seu futebol aos vizinhos e rivais ADRIANO WILKSONENVIADO ESPECIAL A SANTOS Para Neymar, a Argentina é duas coisas: mistério e fracasso. Mistério porque nunca enfrentou um clube do país; o Vélez Sarsfield, de Buenos Aires, será o primeiro. E fracasso porque foi lá que Neymar viveu o que é bem raro em sua curta carreira vitoriosa: a derrota e a frustração. No ano passado, viajou ao território vizinho para vestir a camisa da seleção brasileira pela primeira vez em competição, mas frustrou-se a si e à torcida após uma Copa América jogada sem brilho. Nas quartas da Libertadores hoje, às 22h, quando o Santos pega o Vélez, Neymar terá outra chance de exibir futebol aos vizinhos e rivais. "Não foi uma decepção", afirmou sobre o fracasso na Copa América, quando ele foi um atacante comum, e o Brasil caiu ainda nas quartas. "Claro que eu fiquei muito triste, muito chateado, mas foi um aprendizado grande", continuou antes de embarcar a Buenos Aires. "Fiquei feliz por ter aprendido muito coisa. Estou voltando à Argentina e espero poder fazer um belo jogo e trazer a vitória." Na partida final, contra o Paraguai, Neymar foi tão comum que chegou a ser substituído na etapa final, o que é raro. Do banco, viu os colegas perderem a vaga às semifinais ao desperdiçarem quatro cobranças de pênaltis. Depois daquele dia, o atacante voltou à Argentina para um amistoso pelo Brasil contra a seleção local. O jogo em Córdoba acabou com empate sem gols e sem graça. O Santos campeão da Libertadores em 2011 fez toda a campanha sem cruzar com argentinos. "Não sei o que esperar porque nunca joguei contra time de lá", declarou Neymar. Seus parceiros compartilham a sensação de estar diante do desconhecido. "Não conheço o ataque do Vélez especificamente", disse o capitão Edu Dracena. "Mas sei que é um time bom." O meia Paulo Henrique Ganso deu resposta semelhante ao ser indagado sobre o que sabia do adversário. "Não conheço bem o Vélez, mas o Muricy vai nos mostrar os vídeos e dizer qual é o ponto fraco deles." O time só espera saber lidar com a histórica catimba argentina. "Sabemos que tem esse estilo todo da Libertadores, catimba, a coisa toda", afirmou Dracena. "Mas estamos calejados em relação a isso. Espero que o jogo seja só na bola, dentro de campo, um time querendo vencer o outro." O confronto começou a esquentar antes mesmo do apito inicial. O lateral Gino Peruzzi, responsável por marcar Neymar, deu entrevista polêmica na segunda-feira. Ao jornal "Olé", Peruzzi afirmou, entre risadas, que "quebraria" o brasileiro caso seja driblado por ele. "Eu não ligo para essas coisas", declarou Neymar. "Eu sempre parto pra cima. Tendo uma bola e um campo, parto pra cima." A novidade entre os relacionados ao jogo é o versátil Gérson Magrão, que pode jogar no meio ou na lateral.
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