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Bayern de Munique tenta fazer valer favoritismo de jogar em seu próprio estádio na decisão da Copa dos Campeões, hoje, diante do Chelsea

SANDRO MACEDO
ENVIADO ESPECIAL A MUNIQUE

Em sua 57ª edição, a Copa dos Campeões tem apenas pela quarta vez um finalista jogando em seus domínios.

Hoje, no Allianz Arena, o Bayern de Munique recebe o Chelsea pelo título do principal torneio europeu.

Nas decisões caseiras anteriores, Real Madrid, em 1957, e Inter de Milão, em 1965, venceram. Na última, a Roma perdeu nos pênaltis para o Liverpool, em 1984.

Para os dois clubes em Munique, só o troféu separa o sucesso do fracasso da temporada. Em caso de derrota, os alemães teriam o terceiro vice em um mês após perderem o título da Bundesliga e da Copa da Alemanha, ambos para o Borussia Dortmund.

Do lado inglês, voltar para casa sem a taça significa técnico novo, reformulação do elenco e, pior, ficar de fora do torneio no ano que vem -o time perdeu a vaga no Inglês.

No entanto, os finalistas refutam falar sobre um final sombrio. Ontem, nas entrevistas, os mantras eram foco na vitória, concentração e segurar a ansiedade. Pressão? Palavra proibida. Mas todos concordam que o Bayern tem um ligeiro favoritismo.

"É algo positivo. Nasci em Munique, cresci aqui e jogo no Bayern desde os 11 anos. Jogar aqui confere uma sensação de segurança", explicou Lahm, capitão do time.

Mas o capitão terá de conviver com alguns estranhamentos. O estádio, sempre iluminado de vermelho nos jogos do Bayern, terá azul, verde e branco, cores do logo da final. A torcida alemã que lota os jogos do time terá de dividir espaço com os ingleses. Foram 17.500 ingressos vendidos por cada time. Os outros 30 mil foram distribuídos ao redor do mundo, além dos convidados da Uefa, que compõem uma zona neutra.

Mas são as pequenas coisas que podem fazer a diferença para o técnico Jupp Heynckes, campeão com o Real Madrid em 1997. "É o nosso vestiário. Conhecemos cada pedacinho de grama. Isso pode fazer a diferença."

Técnicos menos badalados, Heynckes e Roberto di Matteo chegaram à final desbancando José Mourinho, do Real Madrid, Guardiola, do Barcelona, respectivamente.

E até por isso, Heynckes prega respeito ao Chelsea e elogiou diversas vezes o colega. "Se eu fosse o [Roman] Abramovich, contrataria o Di Matteo para a próxima temporada." O alemão lembra a evolução dos ingleses na reta final e descarta que o rival fique só na defesa, como fez contra o Barcelona.

Nenhum técnico deu pistas sobre quem pode ser titular hoje. Em relação ao segundo jogo da semifinal, o Bayern tem três desfalques por suspensão, e o Chelsea, quatro, incluindo o capitão Terry.

Di Matteo disse que só decidiria a equipe titular na noite de ontem. E apesar de desconversar, o time inglês sabe que mudanças virão com a derrota. Em duas a cada três perguntas, Drogba desmentia o contato com o Barcelona, o boato da semana.

Só no fim da entrevista o técnico do Chelsea deixou escapar que só o título o mantém no cargo quando questionado se era mais difícil ser campeão ou continuar no ano que vem. "A resposta é a mesma." Hoje é tudo ou nada.

NA TV
Bayern x Chelsea
15h45 Globo, Band, ESPN e ESPN HD

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