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Por Copa do Brasil, clube faz vistas grossas a Scolari
PALMEIRAS
DE SÃO PAULO A diretoria do Palmeiras passou todo o dia de ontem tentando negar o inegável. Duvidou do anúncio público feito pelo técnico Luiz Felipe Scolari de que deixará a equipe em dezembro e fingiu que nenhuma declaração incomum e polêmica havia saído da boca do treinador. Estratégia para tentar evitar que uma nova crise se instaure no clube às vésperas de uma partida decisiva, que pode deixar o time a quatro jogos de um título e da classificação para a Libertadores. Amanhã, o Palmeiras recebe o Atlético-PR, em Barueri, pelas quartas de final da Copa do Brasil. Empate sem gols ou por 1 a 1 basta para colocá-lo na próxima fase. A reta final do torneio nacional não impediu Scolari de revelar no domingo, com sete meses de antecedência, que não terá seu contrato renovado para o próximo ano. À TV Gazeta, o treinador disse que não pensa em permanecer no Palmeiras em 2013, e que nem a diretoria deseja estender sua permanência por outra temporada. "No momento não dá para falar nada sobre o que o Felipão fez. Temos o jogo do ano na quarta-feira, e, se passarmos, mais quatro jogos do ano. Até lá, não dá para falar nada sobre isso", disse o diretor jurídico Piraci Oliveira. Coube ao vice de futebol Roberto Frizzo a tarefa de amenizar a revelação de Scolari. O dirigente afirmou que as declarações foram mal interpretadas e que a diretoria atual nem tem direito de definir o futuro do treinador. "Ele não falou que quer ir embora. O contrato termina em dezembro, assim como nosso mandato. Nem nós sabemos se estaremos aqui, e tem que ver se a outra gestão vai querer manter o Felipão." O cartola desconversou ao ser questionado sobre o que levou Scolari a tornar público um assunto normalmente interno e se irritou ao ser lembrado que o Barcelona escondeu por cinco meses que Pep Guardiola deixaria o clube -só revelou após cair na Copa dos Campeões e com o Espanhol praticamente definido. Uma semana e meia atrás, o treinador já havia gerado crise ao reclamar que faltava "hombridade" à diretoria para admitir para a torcida a falta de dinheiro para reforços. A crítica pública foi vista internamente como uma tentativa do treinador de provocar sua saída antecipada. O esforço de Frizzo em tentar contornar a nova polêmica gerada foi derrubado pelo próprio estafe do treinador. O assessor de imprensa de Scolari, Acaz Felleger, não apenas confirmou que seu cliente deixará o Palmeiras, como lembrou que essa era sua intenção desde a chegada ao clube, no meio de 2010. "Qual é o problema de um técnico cumprir o contrato e sair? Quando o Felipe foi apresentado, ele já disse que ia ficar até dezembro de 2012 e que seu objetivo era trabalhar na Copa de 2014", falou. Texto Anterior | Próximo Texto | Índice | Comunicar Erros |
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