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Lances

Defesa de ponta de dedo e gol de Paulinho aos 43min do 2º tempo fazem Corinthians retornar à semifinal da Libertadores depois de 12 anos

Andre Penner/Associated Press
Cássio faz defesa em chute de Diego Souza
Cássio faz defesa em chute de Diego Souza

Corinthians 1
Paulinho, aos 43min do 2º tempo
Vasco 0

LUCAS REIS
MARCEL RIZZO
DE SÃO PAULO

Se fosse fácil, não seria Corinthians. E a geração de Tite já entrou para a história.

Em uma partida que teve de tudo, de gols perdidos a técnico dando instruções no alambrado, cartões, nervosismo e muita catimba, o Corinthians, pela segunda vez em sua história, alcançou as semifinais da Libertadores.

O sonho da América continua vivo sob a camisa de um time aguerrido e cascudo, que joga sem brilho e sem centroavantes, mas que se defende como ninguém: só dois gols sofridos em dez partidas.

Derrotou o Vasco ontem por 1 a 0, o placar magro que a torcida aprendeu a se acostumar. E com toques de tensão e drama, como a história do clube sempre contou. Somado ao empate sem gols na partida de ida, no Rio, a vaga ficou mesmo em São Paulo.

O Pacaembu explodiu com Paulinho, aos 43min do segundo tempo. De cabeça, em escanteio de Alex, livrou a decisão dos pênaltis e premiou a equipe que buscou o ataque desde o primeiro minuto.

"Foi um jogo com cara de Corinthians. Demos mais um passo. Méritos [do time] foi a doação, a simplicidade de todos", afirmou o herói.

Ajuda a consagrar um goleiro, Cássio, que salvou a pátria alvinegra ao defender aquela que foi a chance do Vasco no jogo, quando Diego Souza surgiu na cara do gol.

E espera hoje, do sofá, seu adversário nas semifinais para, pela primeira vez, chegar à decisão do torneio -e, seja contra quem for, decidirá no Pacaembu, outra vez.

Se o Santos derrotar o Velez, enfrenta o Corinthians; caso contrário, o adversário corintiano sai do confronto entre Universidad de Chile e Libertad. As semifinais começam só no dia 13 de junho.

O Corinthians viu um Vasco marcador na primeira etapa, que foi equilibrada. Emerson, aproveitando sobra, e Paulinho, de cabeça, perderam as melhores chances.

A segunda etapa começou com os policiais preenchendo espaço atrás do gol onde a torcida, em 2006, fez um quebra-quebra após a queda.

O nervosismo era latente. Aos 11min, após reclamar de falta não marcada, Tite foi expulso. O desafio dos jogadores era superar o nervosismo de seu comandante.

Aos 18min, o lance que mudou a história do jogo.

Alessandro errou, e Diego Souza saiu na cara de Cássio. O Pacaembu prendeu a respiração, e soltou um grito de alívio quando Cássio tocou com a ponta dos dedos. No escanteio, o Vasco ainda acertou o travessão.

Então, a torcida se enervou. O Corinthians pressionou até o final, na base da vontade. Conseguiu, enfim, o gol salvador aos 43min.

Quase 40 mil pessoas se abraçavam e pulavam. Muitos choravam. Passada a pressão no Vasco, o juiz apitou. De pé cantaram, a plenos pulmões, o hino do clube.

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