Numerada na Tv

Diferentemente do Brasil, Áustria não apela por pilotos do país

Já pensou uma equipe de F-1 de ponta sediada no Brasil? (Talvez algum milionário se interessasse em carros de corrida para variar) As manhãs de domingo teriam tudo para voltar aos tempos de Ayrton Senna.

Bem, a Áustria tem. A Red Bull. Mas a modalidade não comove ninguém no país. Num bar de esportes com umas 20 TVs, apenas uma meia-dúzia assistia ao GP de Mônaco. Em alemão, a transmissão parecia sóbria.

E olha que qualquer "bom dia" germânico soa quase ofensivo ("guten morgen").

Diferentemente da transmissão brasileira, eles parecem não forçar a barra para o piloto da casa parecer melhor do que é (quase não se ouvia o nome de Nico Rosberg, Vettel ou Schumacher). E há o silêncio, tão menosprezado na TV brasileira.

Não narram toda hora, o tempo todo. E não precisa mesmo, considerando que os caracteres na tela dão conta de quase tudo.

Já no futebol, Neymar vai bem na Europa, obrigado. O astro que presta homenagem a ídolos do passado (como Juary e Serginho Chulapa pelas comemorações e Daniel Boone pelo cabelo de esquilo empalhado) está a todo momento na televisão.

E não é por causa da seleção ou do Santos. O nosso Boone é destaque no recente comercial da Nike, sendo um dos que têm mais espaço na propaganda recheada de craques, como Iniesta e Ribéry.